Rio quase se afoga
Rui Rio
acaba de fingir mediaticamente que desafia Mário Centeno a debater publicamente
com o desconhecido porta-voz do PSD para a economia as posições do PS e do PSD
nesse campo.
Digo fingir,
porque tudo não passa de uma hipocrisia, de uma simples manobra defensiva. De
facto, num debate com António Costa, Rui Rio deu uma enorme gafe política, ao
protagonizar o maior elogio possível que estava a o seu alcance fazer a Mário
Centeno, quando afirmou perante as câmaras de televisão que também o PSD tinha
o seu “Centeno”. Fez assim desaparecer do mapa o seu ignorado Sarmento e
alcandorou a paradigma o seu inimigo “Centeno”. Pior menorização do seu
Sarmento e maior engrandecimento do seu inimigo Centeno, são difíceis de
imaginar.
Aflito com a
barraca que deu, tirou da cartola o citado desafio, aproveitando-o para ridiculamente
falar ele próprio num imaginário “Sarmento” do PS. Muito pífio. Falar ele
próprio no “Centeno “ do PSD é uma rendição; falar ele próprio no “Sarmento” do
PS é uma pesporrência caricata que agrava o espalhanço.
Enfim, uma
prova mais de que a autoficção de Rio, que o mostra como acima dos vícios
políticos correntes e das hipocrisias de propaganda, não é mais do que isso,
isto é, uma ficção que a realidade cruamente desfaz ao primeiro sobressalto.
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