O
amor em mensagem
Os doces corcéis do tempo cultivam o teu
rosto
como
lábios que queimam a ânsia de beijar
pérolas de sombra que se desmoronam de
alegria
lentas pausas de sabedoria na amurada
dos meses.
Minha memória abre-se como flor de
alegria
suave desenho dos anos que te ocupam.
Colho os teus gestos cioso de os saber
inventar
deixo teus dedos subirem o meu rosto
num voo de ternura.
Há no ar um sulco de palavras nunca
ditas
perfume de sombras onde descansam as
tardes
prenúncio dos ventos que sobem sem
fronteiras
o lento fulgor das sílabas libertas esquecidas
Deixo que digas saudade falando de
alegria
e olho-te numa mensagem sem medida.
Desço em esperança os jardins de todos os
futuros
como se cada gesto fosse tudo e bastasse.
(26/08/19)
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