Sebastianismo, Maseratis e
trotinetes.
Dom Sebastião
chegou de Maserati disposto a romper um denso nevoeiro. Veio dentro de um longo
cortejo de motoristas de matérias perigosas que pareceu guiar como um anjo
salvador.
Vem de longe,
das generosas paragens da advocacia de negócios. Negócios esses que (segundo
dizem os jornais) o arrastaram para destinatário de uma condenação por insolvência
culposa em 2011, o que o levou a uma
inibição de administrar os bens de vários tipos de pessoas coletivas durante
sete anos. Também dizem os jornais que, estranhamente, a Ordem dos Advogados parece desconfiada
quanto ao seu nível deontológico. E que inesperadamente, o MP está a investigá-lo.
Perseguições…
O PDR viu nele
uma tábua de salvação para retardar o seu esvaimento. Dom Sebastião aproveitou
esse andor mediático e dispôs-se a mais um sacrifício cívico. Ungido pelo destino
vem salvar o país da corrupção, vem salvar os trabalhadores da exploração, vem
salvar os sindicatos da anemia, vem salvar o parlamento da acomodação. De que
inesperados céus chega este arcanjo vingador?
Sabemos que
chegou de Maserati, mas também o vimos chegar de trotinete. Esperemos que este
fogoso artefato político, que irrompeu de Maseratti para nos salvar do nevoeiro, não transforme
o PDR numa trotinete do destino que o restitua às brumas.
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