A escolha de uma nova protagonista, para desempenhar
nos próximos seis anos a função de Procuradora Geral da República, para além do que valha em si
própria, como opção, (o que a qualidade do seu desempenho vai determinar) teve
um significado político muito saudável.
Na verdade, a nuvem justicialista não conseguiu
inquinar o processo de escolha da PGR. O desesperado ruído público da matilha
mediática, que atingiu níveis de paroxismo quase ridículos, revelou, ao não
produzir efeitos, que o seu peso real na relação de forças
político-institucionais é equiparável a um modesto tigre de papel.
A aliança fandanga, entre os mais sôfregos
politiqueiros da direita, os mais reacionários jornalistas e os mais
pernósticos comentadores, pouco mais consegue do que fazer barulho. Aqueles
dentes cortantes que nos mostram exuberantemente são afinal simples adereços de
uma ferocidade furiosa, mas objetivamente mansa. A canzoada fandanga pode
ladrar, mas não consegue morder.
Pergunta final : O que dirá sobre isto,nos seus
diálogos de domingo, o percuciente Mendes?
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