Pesadão
e Silva falou.
Pesadão e Silva falou.
Como irmão mais velho reduziu Rio a um esquálido ribeiro que
censurou sem fraternidade pela irremediável secura.
Decretou teocraticamente a caducidade da repartição entre a esquerda e a direita,
mas inventou-se firmemente como o mais esotérico social democrata.
Glosou a vulgata crescimentista neoliberal com a
transparência do simplismo economicista. Pavoneou-se com a sua alegada vocação reformista, ruminando
os mais sagrados tiques ideológicos da
direita mais classicamente inequívoca.
Massacrou ferozmente o PS, fornecendo o roteiro da sua
oposição. Esmagou olimpicamente António Costa com o peso imenso da sua
grandeza. O povo de esquerda exultou:” Se Pesadão e Silva nos ataca é sinal de
que estamos no bom caminho-”
Antóno Costa limitou-se a fintá-lo. E a sorrir…
Num rasgo de última instância, o Prof. Silva ignorou
corajosamente os trinca-fortes da saudade, varrendo-os para debaixo do tapete.
Só então a corte respirou de alívio e descansou:” afinal
existimos! Uf!”
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