quarta-feira, 8 de junho de 2022

Pesadão e Silva falou.

 

Pesadão e Silva falou.

 


Pesadão e Silva falou.

Como irmão mais velho reduziu Rio a um esquálido ribeiro que censurou sem fraternidade pela irremediável secura.

Decretou teocraticamente a caducidade  da repartição entre a esquerda e a direita, mas inventou-se firmemente como o mais esotérico social democrata.

Glosou a vulgata crescimentista neoliberal com a transparência do simplismo economicista. Pavoneou-se  com a sua alegada vocação reformista, ruminando os mais sagrados tiques ideológicos  da direita mais classicamente inequívoca.

Massacrou ferozmente o PS, fornecendo o roteiro da sua oposição. Esmagou olimpicamente António Costa com o peso imenso da sua grandeza. O povo de esquerda exultou:” Se Pesadão e Silva nos ataca é sinal de que estamos no bom caminho-”

Antóno Costa limitou-se a fintá-lo. E a sorrir…

Num rasgo de última instância, o Prof. Silva ignorou corajosamente os trinca-fortes da saudade, varrendo-os para debaixo do tapete.

Só então a corte respirou de alívio e descansou:” afinal existimos! Uf!”

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