quinta-feira, 4 de agosto de 2016

A matilha da noite


A matilha da noite uiva, dizendo que está escuro.Tem saudades do senhor dom miguel e do professor de santa comba. Usa a liberdade que sempre recusou a quem não lhe agrada, para tornar todas as sombras mais sombrias.Quer levar-nos com ela para a sepultura da História. .A matilha da noite inventa a sua teia. Dá livre curso ás suas hienas e ás suas raposas. Lubrifica a perfídia dos seus porta-vozes e dos seus jornais, desembainha o esgar sujo das pequenas mentiras e espalha o perfume sórdido das insinuações discretas. É uma matilha antiga. Em Lisboa, não aclamou o mestre de Avis e mais tarde não foi ela quem deitou miguel de vasconcelos pela janela.Com serenidade, aprendamos a olhá-la de frente até ao que ela tem de mais fundo e de mais sórdido. Não passará ! Não passará, se o nosso pensamento pensar melhor, se a nossa serenidade não recuar, se a coluna vertebral do que queremos se mantiver íntegra. A matilha da noite uiva. Não deixemos que nos confisque o dia.

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