terça-feira, 6 de março de 2018

PS ─ COIMBRA COMO RECURSO NACIONAL




PS ─  COIMBRA COMO RECURSO NACIONAL

Ainda no quadro do processo eleitoral interno que está a decorrer na Federação de Coimbra do Partido Socialista, continuando a sublinhar na Moção de Orientação Política, cujo primeiro subscritor é Pedro Coimbra, alguns excertos que para mim são mais relevantes e cujo conteúdo contribuiu para o apoiar, vou hoje transcrever mais um.

 Eis o que nos diz essa Moção, quanto ao caminho a percorrer por Coimbra e o seu distrito, em prol não só do seu próprio desenvolvimento, mas também como elemento decisivo do progresso de todo o país:

“ Deste modo, na nossa perspetiva, Coimbra e o seu Distrito constituem em si próprios não só o espaço de protagonismo cívico dos cidadãos que aqui vivem, mas também um foco de afirmação de um novo modelo de desenvolvimento nacional que supere as disfunções, os desequilíbrios e os defeitos do atual, que tanto penalizam ainda a qualidade de vida de tantos portugueses.
Por isso, para nós Coimbra e o seu Distrito devem assumir-se como foco de resistência a uma bipolaridade estéril gerada pelo paroxismo de um crescimento congestionado de duas grandes áreas metropolitanas, gerador de periferias desqualificadas, de um país onde crescem os espaços despovoados e desertificados e onde se impede a emergência de novos pólos intermédios de desenvolvimento.
Queremos que Coimbra e o seu Distrito impulsionem um novo protagonismo em rede de cidades intermédias, que criem uma teia de sinergias geradoras de um novo tipo de solidariedade interterritorial assente na cooperação e na complementaridade. Uma teia culturalmente viva na sua diversidade e ecologicamente respeitadora dos direitos das gerações futuras.
Por isso, para nós potenciar o desenvolvimento de Coimbra e do seu Distrito, no plano cultural, social e económico, gerando uma melhor qualidade de vida dos seus habitantes, embora seja um objetivo em si próprio de total relevância, é também um impulso decisivo da irradiação por todo o país de uma lógica de desenvolvimento em rede contraposta a uma estéril bipolaridade Lisboa/Porto.
Nas atuais circunstâncias, valorizar o Distrito de Coimbra, projetando esta cidade em todo ele e enriquecendo-a com o que lhe tragam as outras cidades, bem como todo o restante conjunto de habitantes, instituições e territórios que nele vivem, é o ponto de partida mais fecundo e mais realista para reverter a bipolaridade perversa hoje predominante em Portugal.
Coimbra e o seu distrito ocupam assim um lugar estratégico que induz também uma grande responsabilidade política. Uma responsabilidade que os socialistas do nosso Distrito devem assumir por completo como parcela de uma rede que se estende por todo o País, como detonador e foco de uma inovação superadora. Uma rede inovadora suscetível de romper os atuais constrangimentos e desequilíbrios territoriais que tolhem o País, impedindo um desenvolvimento saudável que humanize a qualidade de vida das pessoas.”

Não está pois em causa qualquer pequena ambição de subir lugares em listagens virtuais ou de ser mais um pólo insalubre num país desequilibrado. Trata-se de melhorar a qualidade de vida de quem aqui vive, de modo a que essa melhoria abra a porta a um país melhor. Não está em causa ser uma ilha encasulada num bairrismo saudosista, está em causa a ambição de se assumir por completo a nossa história para a fazer desabrochar num futuro cosmopolita que seja um benefício para todo o país, que contribua para uma estratégia nacional de desenvolvimento harmonioso.

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