Enérgica e perentória, Catarina apela à eleição de mais um
vereador para o BE, em Lisboa ou noutro lugar, para assim abrir as portas às coisas boas que os aturdidos munícipes já
não esperavam .Uma chama incendeia-lhe o olhar, a felicidade está ao alcance das
nossas mãos. Deem mais um vereador a Catarina e tudo será diferente.
É certo que podia pedir uma maioria absoluta para o BE, que
assim teria os meios para realizar as suas esperanças. Mas Catarina é modesta. Tão
modesta quanto entusiasta: não quer tanto, basta-lhe mais um vereador.
E é tão modesta que se inibe de ostentar toda a extensão do
que nos promete. De facto, o seu contido desejo de mais um vereador, para além
de poder ser a chave de uma boa fortuna, é muito mais do que isso, o princípio
de um milagre. Não tão extraordinário, é certo, como o das rosas, mas seguramente
também notável.
De facto, de um PS pesadão e relapso, alérgico à abertura das generosas portas de
Catarina, rumo a um início de respiração do paraíso, ela fará uma coleção de
arcanjos, vocacionados para o
cometimento de todas as propostas almejadas
pelo BE. E afinal com uma condição muito simples: mais um vereador para Catarina. E, já agora, se não for pedir muito, não
concedam ao PS maiorias absolutas.
Um cético oráculo da Grécia antiga talvez insidioso encolhesse os ombros e regougasse : “Delírio,
puro delírio”. Mas eu que sou um otimista do século XXI , generoso para com a
alma humana ,afirmo com firmeza: “ Nada disso. Entusiasmo, voluntarismo , sonho “.
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