quinta-feira, 26 de setembro de 2013

VALORIZAR COIMBRA - 2


Continuando a difundir o programa eleitoral da candidatura socialista ao município de Coimbra liderada  por Manuel Machado, Valorizar Coimbra, vou  hoje chamar a atenção para alguns excertos seus  que, a meu ver, identificam bem o essencial do que se pretende nos planos  da cultura, da economia social e da saúde.

O objectivo é o de "Abrir Coimbra ao Futuro". Para isso:  "Vamos percorrer, sob diversos ângulos, vários aspetos de uma cidade, cientes de que todos eles são importantes."


01. Uma cidade da cultura, das artes e do conhecimento
A UNESCO reconheceu a Universidade de Coimbra, a Alta e a Rua da Sofia como Património Mundial da Humanidade. Impõe-se assim a abertura de um novo espaço de intervenção da nossa autarquia. Em natural parceria com a Universidade, a Câmara Municipal tem um importante papel a desempenhar na consolidação da prestigiante imagem de Coimbra, agora mais fortemente projectada em todo o mundo.

Este novo impulso cultural, além de valer por si próprio, é um fator relevante para o reforço do turismo, alavanca determinante para o desenvolvimento económico de Coimbra. Para isso, há que robustecer o protagonismo cultural da cidade, valorizando a memória das realizações passadas e incentivando novas aventuras criativas. No teatro, na música, na literatura, nas artes de imagem, nas artes plásticas e em todas as outras artes performativas, Coimbra tem que ser acolhedora e estimulante. Será por isso positivo que se estabeleçam parcerias com os criadores e agentes locais, para a utilização sistemática dos espaços municipais, otimizando a sua gestão. E, neste mesmo registo, considera-se justificado o estímulo a todas as indústrias criativas.

Do mesmo modo, serão incentivadas as iniciativas populares no campo da cultura, valorizando-as como dignificação da vida dos seus protagonistas e como poderoso instrumento de formação e qualificação de novos públicos.

A um lugar de cultura nenhum conhecimento é estranho, pelo que Coimbra tem que procurar estimular e absorver todos os conhecimentos resultantes de toda a ciência que nela se cria, reforçando hábitos de reflexão e debate, estruturantes de um pensamento crítico. Há que incentivar eventos que espelhem todas as vertentes do saber, no plano literário, linguístico, artístico, do pensamento científico e da filosofia.

Apostaremos, assim, no reposicionamento de Coimbra na agenda cultural nacional e internacional, enquanto cidade do conhecimento, da criatividade e da cultura. Nesse sentido, criaremos novas plataformas de apresentação do trabalho artístico da região nos mercados internacionais e fomentaremos a colaboração artística com os países de língua portuguesa. Daremos primazia à criação de novos lugares de encontro entre criadores – de estéticas plurais e proveniências diversificadas – e um público diverso, inter-geracional, com diferentes origens.


02. Uma cidade solidária, mais justa e inclusiva
A indiferença quanto ao bem-estar dos habitantes de uma cidade despe-a de qualquer humanidade. Coimbra não comporta essa indiferença. Quer ser uma cidade solidária, para poder ser mais justa e inclusiva. Daí que, no cerne da nossa política, estejam inscritas a dignificação do trabalho, a promoção do emprego e o combate à pobreza.

 Não nos conformamos com a exclusão social, apostando no reforço da ação social, quer no plano municipal, quer no plano das freguesias.

Na área da Habitação Social, valorizaremos o trabalho de parceria com as Entidades implantadas nos Bairros (Associações, Comissões de Moradores e IPSS), procurando rentabilizar casas devolutas, como resposta habitacional a cidadãos com dificuldades.

Mas é urgente ir ainda mais longe, fazendo repercutir no plano autárquico a política de fomento da economia social que, no plano nacional, tem vindo a expressar-se através de novas instâncias e de novas regras jurídicas. É assim que, como medida concreta adequada à abertura de uma nova geração de políticas autárquicas de fomento da economia social, se propõe a criação de um Conselho Municipal para a Economia Social, capaz de projetar, no plano municipal, aquilo que significa no plano nacional o Conselho Nacional para a Economia Social. Poderá funcionar como instância política informal, como órgão de consulta da Câmara Municipal, enquanto não for criada uma Lei-quadro dos Conselhos Municipais para a Economia Social que o legalize. O seu âmbito corresponde ao que está hoje consagrado na lei, abrangendo, nomeadamente, todas as cooperativas, todas as IPSS, quase todas as fundações, vários tipos de associações e as entidades gestoras dos baldios.

Será igualmente provável que a partir dos Conselhos Municipais para a Economia Social se abra caminho a novas formas de cooperação e a novas sinergias entre as entidades de economia social situadas em cada freguesia, potenciando-se até, naturalmente, o envolvimento das correspondentes entidades autárquicas nesses processos.


03. Uma cidade da saúde
Coimbra afirmou-se como um polo importante na prestação de cuidados de saúde. No que nos competir, vamos cooperar com vista à continuidade e ao robustecimento dessa importância. Pugnaremos firmemente, ao lado dos nossos munícipes, pela efetividade do seu direito à saúde, cientes de que só um Serviço Nacional de Saúde de excelência o pode garantir.

Nesse sentido, sabendo como é decisivo garantir a elevada qualidade dos cuidados de saúde prestados a todos aqueles que para isso nos procuram, estamos disponíveis para uma cooperação sistemática com a Universidade de Coimbra e com instituições de saúde, para ser potenciada a afirmação internacional dos seus institutos e a difusão dos resultados dos seus projetos de investigação.

Esta iniciativa não contende com a necessidade de se conhecer o perfil de saúde do concelho, indispensável para se chegar a um verdadeiro Plano Municipal de Saúde, com uma afetação de recursos pactuada com o poder central, à luz das aspirações dos cidadãos e dos seus direitos. Daremos grande relevo à educação para a saúde e à promoção da saúde.

E se queremos ser uma cidade da saúde temos que procurar a excelência no que diz respeito à higiene pública, nomeadamente, dando prioridade à conclusão da rede de saneamento básico em todo o concelho e à limpeza dos espaços públicos.

Para nós, as questões da saúde são centrais. De facto, estamos cientes de que o SNS, uma das marcas identitárias do Partido Socialista, colocou Portugal nos primeiros lugares mundiais dos principais indicadores de saúde. E o que aqui for feito no campo da saúde terá repercussões relevantes muito para além do concelho."



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