quinta-feira, 15 de setembro de 2011

UM SILÊNCIO SEPULCRAL

Os eleitores gregos deram ao PASOK o encargo de tirar a Grécia do buraco onde a tinha deixado cair a direita. O buraco era afinal um abismo. A lógica dominante no actual sistema económico acicatou as matilhas especulativas, transformando a vida política grega numa agonia. O governo socialista faz o que pode, dentro das condições draconianas que lhe impõem e sob o receituário económico, desorientado e insalubre, que o obrigam a cumprir. Outros têm sido atraídos para a mesma voragem, entre os quais nós, os portugueses. Os poderes de facto e a direita europeia parecem mais animados por uma inexplicável sanha vingadora do que por uma solidariedade inteligente. Os povos agitam-se , resmungam, protestam. Cresce a incerteza quanto ao futuro.



Entretanto, perante o assédio violento aos socialistas gregos, condenados a pagar uma factura alheia, um silêncio sepulcral tolhe o PSE ( Partido Socialista Europeu), uma reacção mole e desgarrada é o nível de solidariedade máximo onde parecem poder chegar os partidos europeus que integram o PSE. E isto significa que se o povo grego parece estar a ser condenado a um pesadelo económico-social que pode contagiar toda a Europa, o PSE, e com ele os socialistas europeus, parece estar a mergulhar lentamente num abismo político.

1 comentário:

Anónimo disse...

Compreendo, mas nessa questão é ver se o PASOK, Partido do socialismo democrático, governa à esquerda, ou se governa à direita...

Já aqui em Portugal o Partido do socialismo democrático enveredou mais pela direita do que pela esquerda...

Com a ambição de estar no poder a qualquer preço os PS's fazem o jogo do centro direita.

Desculpe! É o que penso.
Respeito-o!

Bom dia do Adelino Silva