Poema em dois tempos para a Noruega
1. Oslo
As rosas choram em Oslo,
Choram-se em Oslo flores.
Oslo, palavra colhida,
Jardim de cinza, tristeza.
Oslo, lágrima suspensa,
Palavra desmoronada,
Silêncio, cólera fria.
Em Oslo, choram-se rosas.
Apenas rosas…
2. A Ilha
No meio-dia de todos os desastres,
Um gesto foi suspenso.
Luzes acesas de pequenas esperanças
Faziam numa ilha aberta e limpa
Uma oração de futuro.
Sem medo e ainda sem saudade,
Passavam a limpo a luz da tarde,
Intuindo na sombra dos segredos
As palavras que escrevem o mistério.
Mas o gelo foi súbito e fatal,
Uma noite sem tréguas nem perdão,
Um ódio desbragado, torpe, sujo,
Um deserto, sem tempo nem miragens.
Na ilha há um silêncio denso
E frio, como as folhas caídas…
1. Oslo
As rosas choram em Oslo,
Choram-se em Oslo flores.
Oslo, palavra colhida,
Jardim de cinza, tristeza.
Oslo, lágrima suspensa,
Palavra desmoronada,
Silêncio, cólera fria.
Em Oslo, choram-se rosas.
Apenas rosas…
2. A Ilha
No meio-dia de todos os desastres,
Um gesto foi suspenso.
Luzes acesas de pequenas esperanças
Faziam numa ilha aberta e limpa
Uma oração de futuro.
Sem medo e ainda sem saudade,
Passavam a limpo a luz da tarde,
Intuindo na sombra dos segredos
As palavras que escrevem o mistério.
Mas o gelo foi súbito e fatal,
Uma noite sem tréguas nem perdão,
Um ódio desbragado, torpe, sujo,
Um deserto, sem tempo nem miragens.
Na ilha há um silêncio denso
E frio, como as folhas caídas…
[ Rui Namorado]
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