domingo, 3 de julho de 2011

O EMBUSTE DO PLAFONAMENTO



Na página web do DN, pode hoje ler-se: "Governo quer que ordenados acima de 3400 euros passem a descontar para alternativas fora da esfera do Estado".

Eu traduzo: "Governo quer entregar ás seguradoras privadas os montantes acima dos 3400 euros".

Não se trata pois dum plafonamento das pensões , mas sim dum plafonamento das contribuições para a Segurança Social, em obediência aos apetites das grandes seguradoras privadas, parte das quais, aliás, são tão portuguesas como os tigres da malásia.

Podiam dizer : as contribuições corresponderão àquilo que cada um ganhar , mas às pensões será fixado um tecto que poderia corresponder, por exemplo, à pensão a que teria direito alguém que ganhasse o que ganha o Presdidente da República. Seria uma forma de não se pagarem pensões "milionárias", sem se descapitalizar a Segurança Social. Algo de semelhante a soluções que , salvo erro, estão ou estiveram para ser postas em vigor pelo PS.

Quanto ao que o actual Governo quer fazer, do que se trata é de desviar recursos da Segurança Social pública para as Seguradoras privadas, pelo menos parcialmente estrangeiras, fingindo-se que se querem poupar dinheiros públicos. Ou seja, puro embuste dos filhotes da Senhora Dona Verdade, pura hipocrisia política dos alegados meninos de coro com asas que estão sentados nas cadeiras do actual governo.

De facto, por debaixo da pele de cordeiro de que este governo tão cuidadosamente se revestiu, logo nos primeiros dias da sua já infausta vida, ficou à mostra o que realmente são: lobos, quiçá esfaimados.

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