sábado, 6 de outubro de 2007
Três poemas de Ungaretti
Publico aqui hoje três poemas de um grande poeta italiano, Giuseppe Ungaretti( 1888-1970). Para além da versão original transcreverei também a versão portuguesa, da autoria de Orlando de Carvalho ( intelectual, jurista, político e poeta de saudosa memória, desaparecido no início deste novo século). Permito-me chamar a vossa a atenção para a enorme força desse poema tão simples contra a guerra: " Soldati".
As versões portuguesas fazem parte do livro de Ungaretti, "Sentimento do tempo", publicado em 1971 pelas Publicações Dom Quixote, tendo sido todos os poemas traduzidos por Orlando de Carvalho.
Reparem na qualidade das versões portuguesas.
I.Eterno
Tra un fiore colto e l'altro donato
l'inesprimibile nulla
Eterno
Entre uma flor colhida e outra dada
o inexprimível nada
II.Matina
M'illumino
d'immenso
Manhã
Deslumbro-me
de imenso
III.Soldati
Si sta come
d'autunno
sugli alberi
le foglie
Soldados
Estão como
no outono
nas árvores
as folhas
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