Um olhar rápido para este conjunto de sondagens permite reter algumas constantes. O PSD é sempre o partido mais votado, mas dificilmente chegará sózinho à maioria absoluta. Em compensação, os dois partidos de direita só têm menos votos do que os três partidos de esquerda numa das quatro sondagens.
Mas haver dúvidas quanto a uma possível maioria de direita deve ser para esta uma verdadeira assombração. As oposições de esquerda, poelo seu lado, somadas oscilam entre os 14 e os 16 % de intenções de voto; o PS entre os 30 e os 33%, variando a sua desvantagem relativamente ao PSD entre os 6 e os 9,4%.
A volatilidade da conjuntura económica, o acumular de tensões sociais e o relativo dramatismo da situação política, podem aumentar a margem de incerteza quanto aos resultados eleitorais. Por isso, se o PS for capaz de fugir às rotinas dos interesses instalados e não se deixar encerrar em lógicas acanhadas, estimulando as energias que tem deixado adormecer dentro de si, talvez consiga virar a mesa e reverter o jogo. Se, pelo contrário, viver o período pré-eleitoral como simples acumulação de previsibilidades, arrisca-se a ver cumpridas estas sondagens no dia das eleições.
3 comentários:
mas também digo ao "meu amigo" que para sair das fileiras um governo PS idêntico ao que governou nos últimos seis anos, onde todas as reformas ficaram por concluir e algumas até pioraram bastante a situação, eu que até sou socialista, mas que vejo o partido como um meio e não como um fim, em que a opção do voto é feita com a razão e não com o coração, prefiro, nessa situação uma derrota.
Com socialistas tão racionais o PS não existia.É o chamado socialismo suicidário.
Caro Rui,
Fiz link :)
Obrigado.
Um abraço.
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