Estão cansados os sonhos neste Abril
e os cravos da aventura estão fechados
em arcas de silêncio, números, treva
As ruas não se acendem de manhã
para que passe o lume dos desejos
nos lábios sem temor da liberdade
As pétalas de luz do que sentimos
repousam constrangidas e discretas
no duvidoso leito dos segredos
Arautos de outros mundos desmedidos
cansados do cansaço e da tristeza
convoquemos Abril abertamente
Nós queremos ser a vela desse vento
um mês dos anos todos reunidos
um gesto de inventar a liberdade
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