Fiz parte da Redacção da revista "Vértice", entre 1964 e 1974. A sede da revista era então em Coimbra, como sempre o fora desde a sua fundação nos anos 40. Não tenho bem presente o ano em que passou estar sediada em Lisboa, mas penso que isso aconteceu na segunda metade da década de 80.
Durante cerca de ano e meio, cheguei mesmo a ser secretário da redacção da revista, como antes o haviam sido, entre outros, José Carlos de Vasconcelos e Fernando António de Almeida, e depois, viriam a sê-lo Carlos Fraião, Fernando Moura e João Seiça Neves.
Esta breve nota sobre a “Vértice” vem a propósito da decisão que tomei de passar a transcrever neste meu blog , ao ritmo de uma por dia, as célebres frases ou textos da contra-capa, que cada número incluía. Uma frase, um pequeno texto, o extracto de um poema, em cada número, nem sempre em português, também sujeitos ao crivo da censura, pelo que tinha sempre ser feita uma escolha que fosse subtil sem ser anódina.
Comeceço hoje pela contra-capa do nº 65, publicado em Janeiro de 1949.
Durante dez anos, todas as sextas-feiras, com pausas nas férias, integrei a redacção que se reunia na sede da revista na Rua das Fangas. As reuniões eram dirigidas por Joaquim Namorado, director de facto, que coordenava toda a vida da revista. Não é hoje o momento de me deter sobre essas sextas-feiras que, para mim, foram momentos de aprendizagem ímpares, que muito contribuíram para me formar e enriquecer culturalmente. Noutra ocasião talvez vá mais longe nas minhas memórias da “Vértice”.
Durante cerca de ano e meio, cheguei mesmo a ser secretário da redacção da revista, como antes o haviam sido, entre outros, José Carlos de Vasconcelos e Fernando António de Almeida, e depois, viriam a sê-lo Carlos Fraião, Fernando Moura e João Seiça Neves.
Esta breve nota sobre a “Vértice” vem a propósito da decisão que tomei de passar a transcrever neste meu blog , ao ritmo de uma por dia, as célebres frases ou textos da contra-capa, que cada número incluía. Uma frase, um pequeno texto, o extracto de um poema, em cada número, nem sempre em português, também sujeitos ao crivo da censura, pelo que tinha sempre ser feita uma escolha que fosse subtil sem ser anódina.
Não seguirei qualquer roteiro cronológico; apenas publicarei, aleatoriamente, textos que tenham sido publicadas na contracapa da revista, mencionando, naturalmente, o número e a respectiva data, com transcrição literal do que foi publicado.
Comeceço hoje pela contra-capa do nº 65, publicado em Janeiro de 1949.
“Os autores dos folhetos patrióticos, que por aí se escrevem, quando falam de Portugal dizem sempre: a pátria dos Albuquerques, dos Castros e dos Pachecos: é preciso honrá-la com os apelidos históricos, como se a pátria se tivesse por desonrada de ser a pátria do povo! "
Camilo Castelo Branco – As três irmãs, pag 72
1 comentário:
Belo apontamento este, recordando Camilo Castelo Branco. Muito oportuno em ano de comemoração do centenário da República.
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