Alguns aplausos beatos, outros apenas distraídos, à decisão do Ministro da Cultura que o levou a encomendar um estudo sobre o valor económico da língua portuguesa.
Por mim acho lamentável que seja um Ministro da Cultura a curvar-se perante o unilateralismo economicista. Como se a legitimidade de uma aposta no estímulo à difusão da língua portuguesa precisasse de um certificado de relevância económica para ser reconhecida.
Concordo com a urgência da valorização geopolítica da língua portuguesa, com o fim da sua secundarização servil perante a nova língua franca, com estratégias de resistência conjugada com outras línguas latinas, com o aproveitamento das virtualidades dessa aposta em todos os campos incluindo o económico, com o seu lugar estratégico na cultura de quem a usa e se pensa a si e ao mundo com a sua ajuda.
Recuso-me a aplaudir a subalternização da sua dimensão cultural, da sua centralidade na cultura dos portugueses, de todos os povos que falam português. A língua portuguesa tem que ser em primeira linha um acto de cultura e um artefacto de humanidade.
Não legitimemos pois a sua banalização através da sua filtragem unilateral por uma qualquer máquina produtora de banalidades. A língua portuguesa não cabe no seu preço, nem se pode confundir com um bezerro de ouro.
Camões não está cotado na Bolsa.
Por mim acho lamentável que seja um Ministro da Cultura a curvar-se perante o unilateralismo economicista. Como se a legitimidade de uma aposta no estímulo à difusão da língua portuguesa precisasse de um certificado de relevância económica para ser reconhecida.
Concordo com a urgência da valorização geopolítica da língua portuguesa, com o fim da sua secundarização servil perante a nova língua franca, com estratégias de resistência conjugada com outras línguas latinas, com o aproveitamento das virtualidades dessa aposta em todos os campos incluindo o económico, com o seu lugar estratégico na cultura de quem a usa e se pensa a si e ao mundo com a sua ajuda.
Recuso-me a aplaudir a subalternização da sua dimensão cultural, da sua centralidade na cultura dos portugueses, de todos os povos que falam português. A língua portuguesa tem que ser em primeira linha um acto de cultura e um artefacto de humanidade.
Não legitimemos pois a sua banalização através da sua filtragem unilateral por uma qualquer máquina produtora de banalidades. A língua portuguesa não cabe no seu preço, nem se pode confundir com um bezerro de ouro.
Camões não está cotado na Bolsa.
1 comentário:
Mais uma vez,levanto-me e aplaudo!
A língua portuguesa tem o seu valor intrínseco,que está na nossa "alma".
É um perfeito disparate que,alguém(seja quem for) lhe passe um "atestado" e a converta em euros.
Que façam os negócios que lhes apetecer,mas deixem-nos falar e escrever à nossa maneira.
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