As eleições italianas estão á porta. Nas últimas sondagens permitidas, realizadas ainda em Março, não foram grandes as novidades, relativamente ao que vinha sendo conhecido nos tempos mais recentes. As intenções de voto nos vários partidos de esquerda para a a Câmara de Deputados atribuíam 7 % à Esquerda Arco-Íris ( reúne a Refundação Comunista, os Comunistas Italianos, os Verdes e a Esquerda Democrática ); 1,5% ao Partido Socialista ( o sucessor mais consistente do velho PSI) ; 33% ao Partido Democrático ( resultado da fusão do sector maioritário do ex-Partido Comunista Italiano, com uma parte da antiga Democracia Cristã, o qual envolve ainda numa associação eleitoral o Partido Radical ); com o Partido Democrático está oficialmente coligada a Itália dos Valores a quem são atribuídos 3,5%, pelo que os partidos que indicam Veltroni para primeiro-ministro têm 36,5% das intenções de voto.
Ao centro, a União Democrática para os Consumidores conta com uns inexpressivos 0,2 %, mas a facção da antiga Democracia-cristã, a União do Centro, aliada de Berlusconi até há pouco , que, tendo rompido com ele, é liderada por P.Casini, atinge os 6,5%.
À direita o Povo da Liberdade, partido liderado por Berlusconi, resultante da fusão da sua Força Itália com a Aliança Nacional ( ex-neo-fascista) de G. Fini, chega aos 38,5 %. Se lhe somarmos 4,5% da Liga Norte, de Bossi e 0,5 do MPA- Aliança pelo Sul, verificamos que os partidos que indicam Berlusconi para primeiro-ministro, atingimos 43,5 % das intenções de voto.
Uma cisão de extremistas direita radicais, A Direita conta com 2,5%. Os outros partidos no seu todo somam 2,3 % , havendo 15 % de indecisos.
O dado mais relevante da sondagem é a relação de forças entre o bloco veltroniano e o bloco berlusconiano. Este último tem uma vantagem de 7%. Se as sondagens se confirmarem, o prémio de maioria dado ao bloco mais votado, garante-lhe uma maioria confortável na Câmara. No entanto, esta diferença é acentuadamente menor do que o era há uns meses atrás, havendo alguma incerteza quanto aos votos que realmente vai ter a Esquerda Arco-íris, bem como a União do Centro, ambas sujeitas a uma forte pressão do chamado voto útil.
O dado mais relevante da sondagem é a relação de forças entre o bloco veltroniano e o bloco berlusconiano. Este último tem uma vantagem de 7%. Se as sondagens se confirmarem, o prémio de maioria dado ao bloco mais votado, garante-lhe uma maioria confortável na Câmara. No entanto, esta diferença é acentuadamente menor do que o era há uns meses atrás, havendo alguma incerteza quanto aos votos que realmente vai ter a Esquerda Arco-íris, bem como a União do Centro, ambas sujeitas a uma forte pressão do chamado voto útil.
Mas a incerteza maior incide no Senado, já que embora globalmente a relação de forças mostrada pelas sondagens não se afaste muito da que atrás se indicou, há uma real possibilidade de Berlusconi ter maioria na Câmara mas não no Senado, o que significaria um cenário ainda pior do que o enfrentado por Prodi .
Para esta incerteza contribuem dois factores : o prémio de maioria no Senado é dado por região e há uma cláusula -barreira de 8%. Ou seja, uma pequena oscilação no número de votos de um partido pode modificar profundamente a distribuição de deputados pelas várias forças concorrentes em cada circunscrição.
Talvez por isso, nos últimos dias se tenha assistido a um lançamento de pontes do tempestuoso Berlusconi em direcção do Partido Democrático, na busca de um apoio ou de uma complacência de que pode vir a precisar.
Sem comentários:
Enviar um comentário