quinta-feira, 10 de abril de 2008

Mais uma iniciativa a não perder



Com a notícia de um relevante colóquio, acabo de receber do Júlio Mota o texto que abaixo transcevo:



" Caros Amigos

Os docentes da disciplina de Economia Internacional, em colaboração com os alunos do Núcleo de Estudantes de Economia da AAC e com o apoio da Coordenação do Núcleo de Economia, estão a realizar o Ciclo Integrado de Cinema, Debates e Colóquios na FEUC de 2007-2008 com o tema


Integração Mundial, Desintegração Nacional: A Crise nos Mercados de Trabalho.

Com a presente carta, vimos comunicar o programa da próxima sessão, a sessão 10 deste ciclo, a realizar no dia 11 de Abril com início às 10 Horas na FEUC e com o seguinte programa:


Programa:

As mobilidades no espaço da União Europeia: as novas linhas de tensão

Sessão 10 - 11 de Abril

Colóquio


Local: Auditório da FEUC

10.00
Abertura

10.20 – 11.00
Conferência de Jaques Mazier (Universidade Paris XIII): Globalização e Desigualdade. Crescimento lento, quem ganha e quem perde

11.00 – 11.40
Conferência de Joaquin Arriola (Universidade de País Basco/EHU): A nova imigração na Europa. Precariedade e hierarquização do trabalho no novo modelo europeu de acumulação.

11.40 – 11.50
Intervalo para café

11.50 – 12.10
Comentários por José Reis (FEUC) e João Amado (FDUC)

12.10
Debate com os participantes


Cinema e Debate


Local: Teatro Académico Gil Vicente

21.15 – 22.40
Filme/Documentáro: El Ejido, a lei do lucro
de Jawad Rhalib (2007)

22.40 - 23.10
Comentários por Jaques Mazier, Joaquin Arriola, José Reis e João Amado

23.10
Debate


No Teatro Académico Gil Vicente será disponibilizada uma brochura produzida pelos docentes da disciplina de Economia Internacional, com textos de apoio e de desenvolvimento da temática tratada no filme, ou seja, sobre a problemática da imigração no espaço europeu, sobre o mecanismo de regulação do capitalismo à escala da União Europeia e sobre a sua política relativamente às migrações. Deste ponto de vista, nesta brochura, é dado algum relevo à utilização da imigração como instrumento de apoio às políticas salariais e de emprego, de forma a conter a pressão salarial, a manter os níveis de precariedade e a conseguir, de facto, que o salário seja a grande variável de ajustamento na política macroeconómica. Será aí igualmente desenvolvido o papel actual da Espanha na regulação (ou não) dos fluxos migratórios do espaço da União Europeia.


Sobre o filme:
O filme fala-nos da imigração em Espanha, no tempo de Aznar. Com este filme é a Espanha de hoje que se irá colocar em debate no Gil Vicente, a Espanha de Rajoy e de Aznar. Mas, é também a Espanha de Zapatero, a Espanha que foi posta em debate televisivo no passado dia 3 de Março com o tema a imigração. É a Espanha que se tornou um novo país quanto às migrações, passando de país de forte taxa de emigração a país de forte taxa de imigração, com 8,5% dos seus habitantes a serem imigrantes legais e calcula-se ainda em mais de 50% destes os que estão ilegalmente no país. É a Espanha da política de Aznar (1996-2004), pois foi com este que o governo espanhol implementou uma nova política de emigração que levou à securização das migrações com leis extremamente rígidas a contribuírem para a manutenção da “fortaleza Europa” que se irá mostrar.
A partir daqui será também da Espanha de Zapatero que se quer falar, pois é com Zapatero que se “quer impulsionar uma política de imigração na União Europeia. Porque as migrações têm que ser uma política europeia, dado que existe a livre circulação de pessoas no espaço da EU. Pois devemos lembrar que metade do crescimento económico que temos tido nestes últimos anos se deve à imigração. O que os imigrantes pagam para a Segurança Social corresponde ao pagamento a um milhão de pensionistas espanhóis...
É a Espanha de Aznar e de Rajoy que estará presente e é este último que defende “não se pode tolerar, como se está a passar em muitas câmaras que suportam a política de integração dos migrantes, que haja espanhóis que perdem direitos sociais porque vêm estrangeiros com um nível de rendimento mais baixo”.
É contra isto que se quererá também falar da Espanha de Zapatero quando afirma: “o certo é que este é o primeiro governo que dedica dinheiro à integração dos migrantes: 800 milhões de euros nesta legislatura e vamos chegar aos mil milhões e depois, em 2010 chegaremos aos 2.000 milhões para a integração dos trabalhadores nos municípios onde há mais imigração, para que haja mais ajudas sociais, mais subsídios e, por conseguinte, para que nenhum cidadão se sinta prejudicado.”


Informamos que o programa do ciclo, bem como todos os documentos até aqui produzidos, podem ser consultado no sítio: http://www4.fe.uc.pt/ciclo_int

Sem outro assunto e certos da vossa atenção e aguardando a vossa presença nestas sessões assim como a divulgação deste evento cultural, apoio este que antecipadamente agradecemos, apresentamos os nossos cumprimentos.

Pela Comissão Organizadora

Júlio Marques Mota

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