domingo, 23 de dezembro de 2007

Um inefável trinca-fortes.


Numa entrevista a um semanário, o Dr. Menezes, levando a sério a vulgata neoliberal, transforma-a num catálogo de promessas, com o qual ameaça os portugueses. Parecendo convicto de que é um ousado imaginador de futuros, não passa afinal daquilo a que os nossos irmãos brasileiros chamam um verdadeiro"encosto". Na verdade, ele está apenas a oferecer um programa irresponsável de apoucamento dos mais pobres e de descaso pelos excluídos, assumindo-se como um risco sério de completa desorganização do nosso país.


Como se isso não bastasse, também se mete na confusão bancária (desencadeada, ao que tudo indica, por um conhecido banqueiro da Opus Dei), em termos tais que parece estar a jogar ao "Monopólio" num grupo de adolescentes.


Enquanto o Dr. Menezes assustar os portugueses duas vezes por semana, mostrando-lhes que como como líder político não passa de um peso pluma, o actual Governo pode dar-se ao luxo de olhar para as sondagens com uma calma olímpica.


De facto, o Dr. Menezes, que parecia querer assumir o estatuto de um anti- Marques Mendes, corre agora o risco de se tornar numa caricatura do seu antecessor; ou, pior ainda, numa caricatura de si próprio.

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