quinta-feira, 4 de junho de 2009

Pixordices 27: a parcialidade subtil fica à mostra

O deus das sondagens, que parecia recusar-se a esboçar um verdadeiro sorriso para os lados do PSD, resolveu abrir o coração aos perfumes laranja e concedeu numa sondagem alguns pontos de vantagem ao PSD, pela mão diligente do anjo marktest.

Mas se a sorte bateu assim inesperada à porta do pernóstico e da dama de cinza, foi um pouco mais cinzenta para o jornal "Público". Azar dos cabrais para um amanuense de belmiro: estava o subtil periódico aconchegado nas rotinas das sondagens favoráveis ao PS, cuja sombra procurara mitigar com o preciosos achado do empate técnico, quando lhe surgiu este feliz percalço. Pérolas de suor frio afloraram na testa ampla do amanuense: que fazer ?

Deitar exuberantes foguetes pelo despontar da nova tendência, era dar um tom grosseiro à parcialidade do jornal, quebrando irremediavelmente o cristal da sua subtilleza. Mas deixar de ribombar de alegria perante a nova conjuntura, era uma discrição talvez insuportável, depois de tanta espera.

Foi então que, num assomo sofisticado de subtileza, o referido amanuense inventou este inefável título: "
Sondagem dá vitória ao PSD nas europeias, mas em situação de empate técnico ."

Ou seja, temos uma vitóóóória, conquanto empatada; ou então, um empate, mas vitorioso.

Encontrei a pepita comunicacional, que vos acabo de mostrar, no sítio do " Público" na internet.

2 comentários:

Anónimo disse...

Sondagem Marktest
PSD pela primeira vez à frente do PS nas europeias
O PSD está ligeiramente à frente do PS nas intenções de voto para as eleições europeias deste domingo, podendo recolher 32,5% dos votos, contra 29,4% dos socialistas.

Afinal parece que não será só o BE a sorrir na noite das eleições.
As infelizes declarações de José Sócrates no passado Sábado sobre os professores enquanto decorria uma manifestação em Lisboa foram, no mínimo, lamentáveis!
A ideia de que os professores são uns "carneirinhos" que se deixam facilmente manipular por organizações sindicais ou por partidos de oposição são do ponto de vista político e ético inqualificáveis vindas de alguém que se diz Secretário-Geral de um Partido Socialista.
Se estamos perante um Partido Socialista vou ali e já...volto!
Digo mais: Só um professor masoquista e completamente despido de auto-estima e dignidade profissionais votará, mesmo que o tenha feito muitas vezes no passado, no próximo Domingo neste PS.

RN disse...

1. Quem ri no fim , ri melhor.

2. O Anónimo das 13 e 12, com laivos de fanatismo, ignora o inacreditável aproveitamento político de uma manifestação sindical, por dirigentes de partidos políticos. Associa-se ao coro hipócrita dos que fizeram "o mal e a caramunha", fingindo indignar-se contra um insulto aos professores que não existiu, mas evitando comentar uma crítica aos outros partidos que realmente existiu.

3. Arvora-se em juiz da autenticidade da qualificação de um partido como socialista, como se essa qualidade fosse uma qualidade dependente de um juízo de realidade apenas pessoal de quem quer que seja.

4. Permite-se qualificar como carecido de dignidade profissional qualquer professor que vote no PS. Um grande inquisidor ao serviço de uma qualquer santa inquisição não diria melhor.Uma coisa pelo menos me leva a sentir alívio pessoal: sendo eu Professor e tenconando votar no PS, não está ao seu alcance fazer-me arder nas fogueiras sectárias da sua santa inquisição.

5. Eo seu apurado sentido crítico não foi suficiente para o levar, ao menos a um murmúrio de reprovação, perante o apelo explícito de um dirigente sindical, que também é dirigente do PCP, numa manifestação sindical no sentido de os professores não votarem no PS para lhe retirarem a maior absoluta.

6. Não achou necessário comentar o fundo da minha postagem, apenas a aproveitando para dar saída a uma prosa raivosa, destituída de racionalidade política e eivada de um sectarismo verdadeiramente primário.

7. A actual equipa do ministério da educação deixa ,na minha opinião, muitíssimo a desejar, no que aliás é acompanhada pelo ministro M.Gago. Não estou por isso de acrodo com a política educativa do actual Governo, mas estou seguro de que qualquer equipa que exprimisse num Ministério da Educação as posições de fundo reflecftidas na prosa do comentário a que estou a responder, seria incomensuravelmente pior.