Apoiaram um salvador que não nos salvou. E tudo acabou numa grande concertação que, em breve, se tornou numa grande estagnação.
Alguns arrependeram-se. Mais vale tarde do que nunca.
Juntaram-se agora a um coro público de lamentações.
Há realmente muito que lamentar. Por isso, por mim, associo-me às lamentações, mas a alguns dos públicos lamentadores não lhes ficava mal uma auto-crítica explícita.
Juntaram-se agora a um coro público de lamentações.
Há realmente muito que lamentar. Por isso, por mim, associo-me às lamentações, mas a alguns dos públicos lamentadores não lhes ficava mal uma auto-crítica explícita.
6 comentários:
12 carpideiras que apoiaram Cidade&Ruivo que, com Vilar,tem 75% da Concelhia... e que pedem ao bloco a bençao, vendendo o PS a um independente!o Henrique lá sabe de quem fugiu...
Esta Concelhia é um prolongamento da anterior. Igual ou pior? Não sei!
O que sei é que bem fizeram todos quantos não tomaram posição aquando das eleições para a CPC por saberem que qualquer das candidaturas era mais do mesmo, não vislumbrando quaisquer diferenças entre elas.
Enquanto alguns parasitas, aqueles que sem a política não teriam a notoriedade que têm - e nem sempre pelos melhores motivos -, permanecerem no PS Coimbra o estado comatoso manter-se-á com tendência para o seu agravamento.
Cultivo as minhas reservas quanto aos blogs pela facilidade com que permitem a divulgação de textos e comentários sob anonimato. Pelo 1º anónimo que comenta o texto lamentações se vê logo como certas perversões ficam a descoberto tapadas pela falta de assinatura. Se assim não fosse não descuraria a essência do comunicado que comenta, não confundiria o texto do comunicado com os comentários do jornalista e não cometeria a injustiça de considerar que todos os subscritores do comunicado foram apoiantes de Cidade&Ruivo. De resto, estamos ou não a assistir a um espectáculo degradante?
JG
Claro que estamos. Mas tal não era expectável?
Diário de Coimbra
Sábado, 20 de Junho 2009 Sábado,
Escrito por Sofia Piçarra
henrique fernandes recusa candidatura
“Não serei candidato”
à Câmara de Coimbra
Sem nunca ter assumido publicamente uma candidatura pelo PS à autarquia,
Henrique Fernandes diz agora que estar disponível para a corrida seria "suicidário"
O presidente da Concelhia de Coimbra do Partido Socialista (PS) deixou de estar disponível para ser o cabeça-de-lista do partido à autarquia. «Não tenho a mínima vontade, não estou disposto e não serei candidato», garante Henrique Fernandes. Neste momento, para que isso acontecesse, «era preciso que Cristo descesse à terra».
Henrique Fernandes não gostou de ver na praça pública as reacções de alguns militantes acerca da reunião da Concelhia na passada semana, quando assumiu perante os socialistas ficar responsável pela construção de uma lista que concorresse às autárquicas e «encabeçar essa lista, mas durante o período de feitura da mesma».
Sem nunca assumir publicamente que seria o candidato do PS, e optando sempre por dizer apenas que estava disponível para integrar um projecto, Henrique Fernandes entende agora que «todo o compromisso de abnegação e boa-fé feito por mim foi posto em causa e estava inquinado pelas vozes que dentro do pavilhão do PS não respeitaram as hierarquias e se arvoraram em arautos e porta-vozes do partido, mas só portam a sua própria voz». «Face a estes comportamentos, eu não mantenho a disponibilidade para ser candidato», afirma Henrique Fernandes. Mais, diz, «mantê-la seria suicidário».
“Vou tratar da minha vida”
Por isso, explica o presidente da Concelhia, «recorri ao presidente da Federação e transmiti isso mesmo». Ainda assim, Henrique Fernandes vai trabalhar com Victor Baptista «na construção de uma lista para encontrar uma solução». O responsável admite que «estava disposto a ir mais longe», mas depois dos acontecimentos que se seguiram à reunião, e que Henrique Fernandes garante terem afectado a sua saúde e levado mesmo ao hospital, adianta: «não vou colocar a minha saúde em causa por esta forma grosseira de fazer política, de quem não merece o meu respeito».
Questionado se esta posição pode mudar, o socialista refere que só «se essas pessoas se re-tractassem e pedissem desculpa, mostrando-se disponíveis para trabalhar» de acordo com as regras do partido. Para as autárquicas, assegura, «está tudo em aberto, tudo é possível». Mas deixa «um aviso forte à na-vegação»: «Quero que esses cidadãos se calem, para que o PS possa trabalhar».
O presidente da Concelhia do PS afirma «não ter nenhuma ambição especial em relação à Câmara de Coimbra, mas sim em relação a Coimbra», onde admite «ajudar um projecto, que pode perfeitamente ser independente». Garantindo que a história do partido na cidade passou por vitórias independentes, e que se trata de «um sinal de abertura à sociedade civil», Henrique Fernandes en-tende que no perfil que o PS quer para a cidade «há muitos nomes disponíveis».
Para além disso, o socialista adianta ainda que não se recanditará à presidência da Concelhia. «O partido está organizado e no bom caminho, por isso vou tratar da minha vida». Assim, mantém, «a minha disposição é pura e simplesmente seguir a carreira académica, são esses os meus planos de futuro». Para o presente, diz, «é encontrar rapidamente uma solução para o PS».
Era espectável, sim, mas não a este nível. Vai ser difícil dar a volta a isto. Vai ser difícil convencer muitos camaradas que se apresentam com motivação para os cargos (e a motivação é importante)que não reunem o perfil suficiente para os exercer. Mas isto acontece e até se aceita como normal. O que já ultrapassa a normalidade é a cegueira da CPC que não vê a figura que está a fazer.
JG
Enviar um comentário