Li no “Times” há uns dias atrás o que podia ser uma necrologia política simbólica de Brown. Eram apontadas diversas tomadas de posição públicas de financiadores, de grandes financiadores do Partido Trabalhista. Eram posições desfavoráveis ao actual primeiro-ministro britânico.
O facto de ser dada centralidade, quando se perscruta o futuro dos trabalhistas, ao que pensam dele alguns simpatizantes endinheirados é, por si só, um sintoma devastador do estado em que o “blairismo” deixou o “Labour”.
Mas, se juntarmos a essa sombra preocupante, uma recente hecatombe eleitoral sofrida pelo Partido Trabalhista, o horizonte carrega-se ainda mais [e já, em 2 de Maio passado, me referi, neste mesmo blog, a um outro péssimo resultado eleitoral deste partido, no texto, “Da terceira via á via sacra”]. Na verdade, numa eleição parcelar recente, os Trabalhistas ficaram em 5º lugar, tendo os conservadores ganho folgadamente. Os liberais democratas passaram dos 20%, tendo ficado em 2º lugar. Todavia, o “Labour”, tendo ficando abaixo dos 3%, foi suplantado quer pelos Verdes, quer por um pequeno partido de extrema-direita.
Por enquanto, estamos apenas perante prenúncios de desastre que se somam. No entanto, se o “blairismo” continuar a infestar o trabalhismo, como até aqui, numa atmosfera malsã, provavelmente, dado o sistema eleitoral britânico, nas próximas eleições parlamentares os trabalhistas podem ser ultrapassados pelos liberais-democratas, o que os poderia tornar uma força política irrelevante em termos institucionais.
Se somarmos o estado lamentável a que chegaram os ramos italianos do Partido Socialista Europeu, a estas nuvens negras, bem como aquilo que fazem recear as sondagens mais recentes feitas na Alemanha, e ainda os resultados das últimas eleições parlamentares ocorridas na Dinamarca e na Holanda, temos reunidos elementos muito preocupantes quanto ao futuro da Internacional Socialista na Europa.
Por isso, é muito importante que nos países, como é o caso de Portugal, em que se pode ainda agir preventivamente, a direcção do PS compreenda a extensão dos riscos políticos que enfrenta e a influência positiva que pode vir a ter nos outros membros do PSE. Não deveria ser preciso sofrer um desastre eleitoral para se acordar para a urgência de uma verdadeira renovação do próprio modo de fazer política, para se compreender que a complacência para com paradigmas económicos que servem outros senhores não é realismo e pragmatismo, é a queda num enorme embuste ideológico.
De facto, será bom que se não esqueça que, sem um forte protagonismo institucional, político, social e cultural dos partidos da Internacional Socialista, a Europa irá sendo reduzida à triste condição de terreno de caça dos senhores do dinheiro, cada vez menos relevante no mundo do século XXI.
O facto de ser dada centralidade, quando se perscruta o futuro dos trabalhistas, ao que pensam dele alguns simpatizantes endinheirados é, por si só, um sintoma devastador do estado em que o “blairismo” deixou o “Labour”.
Mas, se juntarmos a essa sombra preocupante, uma recente hecatombe eleitoral sofrida pelo Partido Trabalhista, o horizonte carrega-se ainda mais [e já, em 2 de Maio passado, me referi, neste mesmo blog, a um outro péssimo resultado eleitoral deste partido, no texto, “Da terceira via á via sacra”]. Na verdade, numa eleição parcelar recente, os Trabalhistas ficaram em 5º lugar, tendo os conservadores ganho folgadamente. Os liberais democratas passaram dos 20%, tendo ficado em 2º lugar. Todavia, o “Labour”, tendo ficando abaixo dos 3%, foi suplantado quer pelos Verdes, quer por um pequeno partido de extrema-direita.
Por enquanto, estamos apenas perante prenúncios de desastre que se somam. No entanto, se o “blairismo” continuar a infestar o trabalhismo, como até aqui, numa atmosfera malsã, provavelmente, dado o sistema eleitoral britânico, nas próximas eleições parlamentares os trabalhistas podem ser ultrapassados pelos liberais-democratas, o que os poderia tornar uma força política irrelevante em termos institucionais.
Se somarmos o estado lamentável a que chegaram os ramos italianos do Partido Socialista Europeu, a estas nuvens negras, bem como aquilo que fazem recear as sondagens mais recentes feitas na Alemanha, e ainda os resultados das últimas eleições parlamentares ocorridas na Dinamarca e na Holanda, temos reunidos elementos muito preocupantes quanto ao futuro da Internacional Socialista na Europa.
Por isso, é muito importante que nos países, como é o caso de Portugal, em que se pode ainda agir preventivamente, a direcção do PS compreenda a extensão dos riscos políticos que enfrenta e a influência positiva que pode vir a ter nos outros membros do PSE. Não deveria ser preciso sofrer um desastre eleitoral para se acordar para a urgência de uma verdadeira renovação do próprio modo de fazer política, para se compreender que a complacência para com paradigmas económicos que servem outros senhores não é realismo e pragmatismo, é a queda num enorme embuste ideológico.
De facto, será bom que se não esqueça que, sem um forte protagonismo institucional, político, social e cultural dos partidos da Internacional Socialista, a Europa irá sendo reduzida à triste condição de terreno de caça dos senhores do dinheiro, cada vez menos relevante no mundo do século XXI.
1 comentário:
Não acredito que com o "chefe" de Relações Internacionais que tem,o PS faça qualquer coisa útil,na Internacional Socialista.
O blairismo tem deixado pegadas por todo o lado.
Lá chegará o tempo em que o PS promoverá umas "maratonas" pagas,uns jantares com...,para pagar dívidas...
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