Aliás, tendo esta corrente de opinião declarado publicamente o seu apoio a António José Seguro, ou este candidato, ao contrário do que até agora aconteceu, torna explícito o seu apoio às eleições primárias, ou, tendo em conta o apoio que Assis expressamente lhes deu, a Esquerda Socialista ficará numa situação politicamente muito embaraçosa. De facto, pelo menos até Abril passado, a defesa das eleições primárias era a sua posição mais emblemática, tendo até lançado um abaixo assinado, visível na sua página, a favor delas. Como explicar pois que apoie agora o candidato que não as defende contra um outro candidato que já deu centralidade às primárias na identificação da sua candidatura? Mas passemos ao texto:
1. Reforçar o PS para prosseguir as reformas
(… … … …)
Com o esvaziamento da vida partidária, a confusão entre PS e Governo, a perda – ou mudança? – das referências ideológicas e sociais, e a inexistência de espaços de debate interno, o PS enfrenta um risco real de fraccionamento e, consequentemente, de afastamento prolongado do poder.
Para travar este deslizar para o vazio, há que transformar o Partido Socialista num espaço aberto, numa escola de democracia, de igualdade de acesso e oportunidades, um espaço de reflexão, de militância cívica e social.
Os militantes não são meras peças para aplaudir e ajudar a ganhar eleições. Têm de ser actores fundamentais da génese e do devir partidário. E, tema prioritário, o PS não são só os militantes. São, também, os apoiantes e os eleitores cuja intervenção tem de ser integrada na vida partidária activa (concretizando, assim, as disposições estatutárias). É necessário e urgente aprofundar a democracia interna do PS, abrir o partido à sociedade e modernizar as suas estruturas, práticas e imagem, adoptando, entre outras, as seguintes medidas:
Eleições Primárias para a designação dos candidatos do Partido aos actos eleitorais, sendo o seu universo eleitoral constituído por militantes, apoiantes e eleitores declarados, previamente recenseados;
Instituição de regras e meios de transparência nas eleições internas, que assegurem condições de democraticidade efectivas, com igualdade para todos os candidatos e pesadas sanções disciplinares para as irregularidades processuais, as pressões e expedientes ilegítimos;
Obrigatoriedade da declaração de interesses dos dirigentes partidários (idêntica à que é exigida aos titulares de órgãos de soberania e altos cargos políticos) com registo à guarda e controlo da Comissão Nacional de Jurisdição;
Recurso intensivo às novas tecnologias , para afirmação activa do PS no ciberespaço e na blogosfera, propiciando a comunicação entre militantes e apoiantes através da disponibilização de contactos de email;
Criação de Espaços PS , de elevada qualidade estética, funcional e tecnológica, agrupando secções de residência nas grandes cidades, propiciadores do convívio e debate criativos e do relacionamento político entre militantes, apoiantes, eleitores e actores da sociedade civil.
O Partido Socialista tem de sintonizar-se com os temas e causas do nosso tempo e do futuro, antecipando-os na visão, no debate e na acção, colocando as grandes questões civilizacionais nos sistemas de poder e da decisão política.
(… … … …)
2. Eleições primárias, mobilização cívica e participação política
A designação dos candidatos a eleições para os cargos públicos é, muitas vezes, feita em circuito fechado, dentro de círculos restritos, sem a participação dos militantes e dos cidadãos. Esta é uma das principais causas da descredibilização da política e dos políticos, do afastamento dos cidadãos e do enfraquecimento das candidaturas.
É comum, em diversos países, o recurso a eleições primárias para escolha dos candidatos às disputas eleitorais. As eleições primárias servem para refundar a ligação dos partidos aos militantes e aos cidadãos.
As eleições primárias propiciam:
O debate de ideias e propostas de suporte às candidaturas;
A escolha dos mais qualificados para o desempenho das funções políticas;
A participação e mobilização de militantes e simpatizantes para as missões fundamentais da vida pública e partidária;
A melhoria da imagem junto da população pelo acréscimo do sentido de responsabilidade associado a esta prática.
Nas circunstâncias concretas da nossa sociedade, a escolha dos candidatos através de eleições primárias será uma inovação fundamental para o reforço da influência do nosso partido e de confiança dos Portugueses no sistema político, um poderoso instrumento de ligação do PS à sociedade e aos seus eleitores naturais.
Assim, propomos ao Congresso que aprofunde este tema, tendo em vista o seguinte:
Instituição do sistema de eleições primárias para a escolha dos candidatos do PS às eleições Autárquicas, Regionais, Legislativas, Europeias e Presidenciais;
Participação nas primárias dos militantes e simpatizantes abrangidos pelas estruturas correspondentes aos respectivos universos eleitorais;
Realização de um recenseamento prévio de simpatizantes para o estabelecimento rigoroso dos colégios eleitorais;
Candidaturas que possam ser apresentadas: – Nos termos estatutários actuais; – Por subscritores que constem do colégio eleitoral respectivo, representando, pelo menos, 15% desse universo, dos quais 10% deverão ser militantes.
1. Reforçar o PS para prosseguir as reformas
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Com o esvaziamento da vida partidária, a confusão entre PS e Governo, a perda – ou mudança? – das referências ideológicas e sociais, e a inexistência de espaços de debate interno, o PS enfrenta um risco real de fraccionamento e, consequentemente, de afastamento prolongado do poder.
Para travar este deslizar para o vazio, há que transformar o Partido Socialista num espaço aberto, numa escola de democracia, de igualdade de acesso e oportunidades, um espaço de reflexão, de militância cívica e social.
Os militantes não são meras peças para aplaudir e ajudar a ganhar eleições. Têm de ser actores fundamentais da génese e do devir partidário. E, tema prioritário, o PS não são só os militantes. São, também, os apoiantes e os eleitores cuja intervenção tem de ser integrada na vida partidária activa (concretizando, assim, as disposições estatutárias). É necessário e urgente aprofundar a democracia interna do PS, abrir o partido à sociedade e modernizar as suas estruturas, práticas e imagem, adoptando, entre outras, as seguintes medidas:
Eleições Primárias para a designação dos candidatos do Partido aos actos eleitorais, sendo o seu universo eleitoral constituído por militantes, apoiantes e eleitores declarados, previamente recenseados;
Instituição de regras e meios de transparência nas eleições internas, que assegurem condições de democraticidade efectivas, com igualdade para todos os candidatos e pesadas sanções disciplinares para as irregularidades processuais, as pressões e expedientes ilegítimos;
Obrigatoriedade da declaração de interesses dos dirigentes partidários (idêntica à que é exigida aos titulares de órgãos de soberania e altos cargos políticos) com registo à guarda e controlo da Comissão Nacional de Jurisdição;
Recurso intensivo às novas tecnologias , para afirmação activa do PS no ciberespaço e na blogosfera, propiciando a comunicação entre militantes e apoiantes através da disponibilização de contactos de email;
Criação de Espaços PS , de elevada qualidade estética, funcional e tecnológica, agrupando secções de residência nas grandes cidades, propiciadores do convívio e debate criativos e do relacionamento político entre militantes, apoiantes, eleitores e actores da sociedade civil.
O Partido Socialista tem de sintonizar-se com os temas e causas do nosso tempo e do futuro, antecipando-os na visão, no debate e na acção, colocando as grandes questões civilizacionais nos sistemas de poder e da decisão política.
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2. Eleições primárias, mobilização cívica e participação política
A designação dos candidatos a eleições para os cargos públicos é, muitas vezes, feita em circuito fechado, dentro de círculos restritos, sem a participação dos militantes e dos cidadãos. Esta é uma das principais causas da descredibilização da política e dos políticos, do afastamento dos cidadãos e do enfraquecimento das candidaturas.
É comum, em diversos países, o recurso a eleições primárias para escolha dos candidatos às disputas eleitorais. As eleições primárias servem para refundar a ligação dos partidos aos militantes e aos cidadãos.
As eleições primárias propiciam:
O debate de ideias e propostas de suporte às candidaturas;
A escolha dos mais qualificados para o desempenho das funções políticas;
A participação e mobilização de militantes e simpatizantes para as missões fundamentais da vida pública e partidária;
A melhoria da imagem junto da população pelo acréscimo do sentido de responsabilidade associado a esta prática.
Nas circunstâncias concretas da nossa sociedade, a escolha dos candidatos através de eleições primárias será uma inovação fundamental para o reforço da influência do nosso partido e de confiança dos Portugueses no sistema político, um poderoso instrumento de ligação do PS à sociedade e aos seus eleitores naturais.
Assim, propomos ao Congresso que aprofunde este tema, tendo em vista o seguinte:
Instituição do sistema de eleições primárias para a escolha dos candidatos do PS às eleições Autárquicas, Regionais, Legislativas, Europeias e Presidenciais;
Participação nas primárias dos militantes e simpatizantes abrangidos pelas estruturas correspondentes aos respectivos universos eleitorais;
Realização de um recenseamento prévio de simpatizantes para o estabelecimento rigoroso dos colégios eleitorais;
Candidaturas que possam ser apresentadas: – Nos termos estatutários actuais; – Por subscritores que constem do colégio eleitoral respectivo, representando, pelo menos, 15% desse universo, dos quais 10% deverão ser militantes.
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