Hoje, vou transcrever um pequeno extracto da moção de orientação política, datada de Agosto de 2004, apresentada ao XIV Congresso Nacional do PS, por 158 militantes, "Uma Esquerda com Raízes e com Futuro". Foi seu primeiro subscritor Porfírio Silva [Sintra], não tendo apoiado, ao que julgo, nenhum dos três candidatos a Secretário-Geral. Nesta inicicativa, não tive qualquer participação e, a fazer fé na não coincidência entre os seus subscritores e os fundadores do clube político "Margem Esquerda ", trata-se de um processo distinto daquele que espelhei nos dois textos anteriores. Por isso mesmo, contribui para tornar ainda mais evidente que há muito, em círculos de militantes entre si distintos, que a problemática das eleições primárias, para escolha dos candidatos do PS, vem amadurecendo dentro do partido. Eis pois o extracto da referida moção na parte em que incide sobre o tema em causa:
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1.3. Uma vida partidária diferente
É necessário que o Partido Socialista aprofunde a democratização do seu funcionamento, abrindo-se à sociedade e modernizando as suas estruturas, práticas e imagem.
O PS tem de ser um partido de projecto, de alternativa, de combate e de camaradagem. Um espaço aberto, escola de democracia, um lugar de igualdade de acesso e de oportunidades, um espaço de reflexão e debate, de militância cívica e social. E, claro, uma alternativa de governo.
Para isso, é fundamental que o PS concretize o processo de renovação prometido no último Congresso Nacional, fazendo-o acompanhar por medidas de modernização interna, quer ao nível dos métodos quer ao nível das estruturas. A renovação tem de traduzir-se em medidas concretas e efectivas. Para tal, o PS tem de ter a coragem de adoptar a “mãe” de todas as reformas no seu modelo organizativo: as eleições primárias, para a designação dos candidatos do PS aos diferentes níveis de poder – autarquias, parlamentos nacional e europeu e regiões autónomas. As eleições primárias constituem uma inovação fundamental para o reforço da influência do nosso partido e para a confiança dos portugueses no sistema político, um instrumento de ligação do PS à sociedade civil, designadamente ao seu próprio eleitorado. Nesse sentido, para além do seu ficheiro de militantes, o PS deve constituir um ficheiro de simpatizantes e eleitores do partido que expressamente declarem a sua identificação com o Partido Socialista, e se manifestem interessados em participar em eleições para a escolha dos candidatos do PS aos diferentes órgãos de poder, alargando, assim, o universo de participação.
1.3. Uma vida partidária diferente
É necessário que o Partido Socialista aprofunde a democratização do seu funcionamento, abrindo-se à sociedade e modernizando as suas estruturas, práticas e imagem.
O PS tem de ser um partido de projecto, de alternativa, de combate e de camaradagem. Um espaço aberto, escola de democracia, um lugar de igualdade de acesso e de oportunidades, um espaço de reflexão e debate, de militância cívica e social. E, claro, uma alternativa de governo.
Para isso, é fundamental que o PS concretize o processo de renovação prometido no último Congresso Nacional, fazendo-o acompanhar por medidas de modernização interna, quer ao nível dos métodos quer ao nível das estruturas. A renovação tem de traduzir-se em medidas concretas e efectivas. Para tal, o PS tem de ter a coragem de adoptar a “mãe” de todas as reformas no seu modelo organizativo: as eleições primárias, para a designação dos candidatos do PS aos diferentes níveis de poder – autarquias, parlamentos nacional e europeu e regiões autónomas. As eleições primárias constituem uma inovação fundamental para o reforço da influência do nosso partido e para a confiança dos portugueses no sistema político, um instrumento de ligação do PS à sociedade civil, designadamente ao seu próprio eleitorado. Nesse sentido, para além do seu ficheiro de militantes, o PS deve constituir um ficheiro de simpatizantes e eleitores do partido que expressamente declarem a sua identificação com o Partido Socialista, e se manifestem interessados em participar em eleições para a escolha dos candidatos do PS aos diferentes órgãos de poder, alargando, assim, o universo de participação.
As eleições primárias permitem:
§ a escolha dos mais qualificados para o desempenho das funções políticas;
§ o debate de ideias e propostas de suporte às candidaturas;
§ a participação e mobilização de militantes e simpatizantes para as missões fundamentais da vida pública e partidária.
OUTRAS PROPOSTAS
- estabelecimento de uma quota de renovação, em cada congresso, ao nível dos órgãos nacionais do partido;
- limitação das inerências, não ultrapassando um quinto dos eleitos;
- evitar a governamentalização do partido quando este estiver no exercício do poder, separando bem as funções partidárias das funções do Estado e colocando no Secretariado Nacional e nos pelouros sectoriais ou temáticos responsáveis políticos que não sejam membros do governo;
- valorizar as correntes de opinião internas e os clubes de reflexão e debate; redefinir o papel, competências e âmbito das Federações (caminhar para federações, ou uniões de federações, de âmbito regional, em paralelo com o processo de regionalização do país);
- extinguir o Gabinete de Estudos – que funciona como mera extensão do aparelho – substituindo-o por uma estrutura de Estratégia;
- criar “Espaços PS”, de elevada qualidade estética e funcional com recurso às novas tecnologias e agrupando secções de residência, nas grandes cidades.
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