O inefável Crespo acolhe num programa televisisvo dois conhecidos pernósticos da economia feroz: o melífluo Duque e o feroz Carreira.
É conhecida a cólera que desperta no primeiro qualquer ligeiro perfume que lembre o PS. Dos outros dois se poderia pensar: são corvos agoirentos, mas são independentes; são ciclónicos, mas imparciais.
Eis senão quando uma indiscreta fotografia, publicada num jornal de grande circulação, mostra o Carreira e o Duque, embrulhados numa untuosa postura de cumplicidade, como integrantes da pequena corte de economistas laranjas que foram dar preciosos conselhos a Passos Coelho.
Afinal, essa dupla arrasadora, que desempenha num grande meio de comunicação social, semana após semana, o angélico papel de comentadores independnetes, acicatados pela isenção perdida do Crespo, é um dissimulado dueto laranja. Viva o pluralismo dessa televisão privada da qual, por mero acaso, é dono um dos fundadores do laranjal.
Afinal, muitos dos ruídos que mordem ferozmente neste governo, que estraçalham sem piedade qualquer sombra que possa ser do PS, assumindo-se como orquestras casuais de uma conjugação de fontes diversas, são uivos disfarçados de uma única matilha, a matilha laranja.
Pouco a pouco, as rapsódias de acrimónia que trovejam contra este governo e o PS na comunicação social, vão deixando aparecer por debaixo da sua patine pluralista o samba de uma nota só a que parecem , cada vez mais , tender a reduzir-se.
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