Foi difundida, hoje, uma nova sondagem da responsabilidade do CESOP da Universidade Católica.
Os resultados são muito próximos dos divulgados pela Marktest, que já hoje comentei neste blog, no texto anterior. Tal como fiz com os da Marktest, integrei os do CESOP num pequeno quadro comparativo, com resultados de sondagens anteriores, levadas a cabo pela mesma entidade.
Todavia, apesar de próximos, os referidos resultados não são iguais aos da Marktest. O PSD tem aqui menos 2 % e a CDU menos 0,3%; o PS tem mais 1%, o BE mais 2% e o CDS também mais 1% também. No seu todo, a direita ( PSD+ CDS) atinge os 47%; e as esquerdas (PS + BE + CDU) chegan aos 46%. Provavelmente, a direita chegaria à maioria parlamentar e poderia formar governo.
No quadro acima apresentado, vê-se que o PS tem vindo a seguir uma trajectória negativa, o mesmo com ocorrendo com o CDS , conquanto em grau menor. Pelo contrário, o PSD tem percorrido uma trajectória ascendente, o mesmo se passando com o BE. Embora oscilando, a CDU tem conhecido uma certa estabilidade.
Comparando as actuais intenções de voto com as apuradas em Junho passado, constata-se que a direita no seu todo passou dos 43% para os 47%, enquanto as esquerdas, no seu todo, desceram dos 50% para os 46%. Ou seja, embora com valores diferentes , estamos perante uma evolução do mesmo tipo da que foi indicada pelos resultados da Marktest. Também neste caso, o PS perde votos, na mesma percentagem para a oposição de direita ( 4%) e para a oposição de esquerda (4%). Simplesmente, neste caso, à esquerda, só o BE beneficia dessa perda, bem como, aliás, de mais 2% perdidos pela CDU.
A paisagem política é, portanto, semelhante à mostrada pela outra sondagem: a direita fica perto do regresso a uma maioria e as oposições de esquerda, embora alcancem os 20% em conjunto, continuam longe de poderem, por si sós, serem suficientemente fortes para servirem de base a um governo só delas.
A semelhança dos resultados das duas sondagens, bem como o padrão de evolução destacado nos quadros comparativos elaborados, torna mais provável que estejamos perante uma relação de forças com alguma estabilidade. Por isso, a urgência de um sobressalto estratégico, no seio do povo de esquerda e dos partidos que se consideram a si príprios de esquerda, aumenta.
Sublinhe-se que não está em causa a perda de identidade, seja de quem for, nem a cedência perante pressões alheias, mas apenas a procura de novas dinâmicas congregadoras e inovadoras, capazes de, com naturalidade, fundirem, num grande movimento social com pontencial institucional, todas as aspirações históricas do povo de esquerda. Deixar tudo entregue a previsíveis rotinas, numa deriva modorrenta, é uma temeridade , uma imprudência, cada vez maior.
1 comentário:
1.Um socialista(que com todo o respeito não sei se é, uma vez que não se identifica) de Coimbra, continua apostado em fazer ecoar a propaqganda da direita brasileira e dos jornais do complexo mediático que agora ataca Dilma, mas apoiou miseravelmente os militares em 1964.E tenta usas para isso o meu blog.
2. Assim,transcreve uma queixa de uma escritora que alega ter sido incluída indevidamente entre os apoiantes de Dilma. Eu próprio li uma queixa idêntica de uma outra personalidade. Mas também li quiexas simétricas contra a candidatura de Serra de três figuras brasileiras do mundo das artes. E vi um protesto da ex-candidata Marina Silva por circular na internet a falsa notícia de que apoiava Serra, por iniciativa de partidários deste.
Nada disso é edificante, mas sabemos que não é raro. De qualquer modo, não é uma falha exclusiva da candidatura de Dilma e ausente da de Serra.
3. Não conheço a tal escritora Ruth Rocha, mas não será no meu blog que a direita brasileira pela voz dela fará ataques ao candidato apoiado pela esquerda brasileira.
4. Se o alegado socialista de Coimbra tiver comentários pessoais a fazer que os faça ( de preferência sem ser a coberto do anonimato). Mas se quiser publicar lixo alheio, abra um blog próprio e encha-o da propaganda reaccionária que mais lhe agradar.
Por isso, uma vez mais vou apagar do meu blog as prosas da tal escritora anti-Dilma.
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