Neste momento, não há notícia de fumo branco nas negociações entre Conservadores e Liberais para uma possível coligação de governo entre uns e outros. Solução há décadas não experimentada. Se falhar, os Conservadores pretendem governar sozinhos, mesmo em minoria. Mas não é seguro que, perante esse eventual falhanço, os Trabalhistas não tenham uma nova oportunidade, se conseguirem um acordo com os Liberais. Tudo isto, reflecte uma vitória mitigada e algo amarga dos Conservadores.
De facto, como se pode ver, pelo quadro acima publicado, os Conservadores atingiram 36,1%, tendo conseguido eleger 305 deputados, o que os deixou 21 lugares abaixo da maioria absoluta. Pelo seu lado, os Liberais, esvaziaram-se como surpresa positiva, em termos absolutos, uma vez que, embora apenas tenham conseguido a modesta progressão de 0,9 %, ao atingirem os 23 %, perderam cinco deputados. Isso não os impede de, perante o conjunto de resultados verificados, terem conseguido a posição, estrategicamente muito vantajosa, de fieis da balança. Os Trabalhistas sofreram perdas severas, mas não passaram por uma derrocada. Ficaram-se pelos 29,1%, o que significou um recuo de 6,2%. Com 258 deputados, os Trabalhistas ficaram a cerca de 50 lugares de distância dos Conservadores.
Quanto aos outros partidos, no seu todo, passaram de 10,3% para 11,9% dos votos, mas perderam dois deputados: de 30 desceram para 28. Neste campo, a grande novidade foi a primeira eleição de um deputado representando os Verdes. Manteve-se, com relevo para a Escócia, uma presença significativa de partidos regionais, oriundos dela, do País de Gales e da Irlanda do Norte.
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