Se há meia hora atrás me tivessem dito que eu iria citar um texto de Adriano Moreira, no meu blog, para concordar com ele, eu não teria considerado como minimamente verosímil essa premonição. Não estaria com isso a desconsiderar os seus méritos intelectuais, mas apenas a extrair as consequências previsíveis da distância ideológica que nos separa. No entanto, tendo lido no DN de hoje um pequeno texto de Adriano Moreira, não posso deixar de vos dar a conhecer, convergindo com ele, o modo como o conclui:
"O pessimismo da tese da luta das civilizações, que tenta ser inspiradora de uma defesa da frágil organização mundial em vigor, não encontra resposta satisfatória neste utopismo que espera uma iluminação criativa de uma nova democracia, nascida das carências absolutas, e desesperos. O que a experiência documenta é que se o reformismo, com autenticidade e poder legitimamente conferido, não assume a mudança, a violência escreve a narrativa da passagem para uma nova ordem. Pelas cidades europeias vão explodindo anúncios de que o tempo avisa no sentido de os poderes vigentes assumirem a urgência de reformularem procedimentos, objectivos, e éticas de comportamentos."
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