No "Diário de Coimbra" de hoje, foi publicado o texto que abaixo transcrevo, subscrito pelo Luís Marinho e por mim.
No PS de Coimbra: horizontes fechados
Luís Marinho e Rui Namorado*
A Federação de Coimbra do PS percorreu uma trajectória descendente, no decurso dos mandatos de Victor Baptista, na linha do que já prevíamos aquando da Campanha para as eleições internas, de há dois anos atrás. Tal se manifesta na perda do PS como força socialmente relevante e activa na cidade e no distrito, bem como no recuo da influência política junto do poder central, mesmo (e principalmente) quando se está perante um governo nosso. Nenhum militante da Federação de Coimbra faz parte do actual governo. Nenhum deputado do distrito de Coimbra pertence à direcção do grupo parlamentar e é voz corrente que a direcção nacional do partido e o governo ouvem mais facilmente algumas figuras públicas locais, não filiadas no PS, do que os responsáveis distritais do Partido. Mesmo nas lideranças de órgãos regionais de nomeação política, é escassa a presença de quadros oriundos do nosso distrito. No plano autárquico, o PS tem visto a sua influência reduzir-se, permanecendo longe das presidências das câmaras de Coimbra, Figueira, Cantanhede, Oliveira de Hospital e Montemor, municípios de referência que, num ou noutro momento, já tiveram presidentes socialistas.
Nas eleições anteriores Victor Baptista defrontou e venceu uma alternativa clara, liderada pelo Luís Marinho, que lhe opunha caminhos nitidamente diferentes, apontando para modos de funcionamento do Partido radicalmente distintos.
Uma parte dos socialistas que se envolveram nessa alternativa estava disposta a apoiar, uma vez mais, uma candidatura de clara oposição, que actualizasse e radicalizasse a sua contraposição, em face do que tem sido o situacionismo na Federação de Coimbra nos últimos anos. Entendiam que só assim se protegeria a perenidade de uma identificação com a base eleitoral do Partido, fazendo-a compreender com clareza que no PS havia, pelo menos, um sector que, reiteradamente, se demarcava sem ambiguidades da neblina reinante.
No entanto, dentro dos apoiantes do actual Presidente e da sua maioria política, cavou-se uma dissidência, da qual brotou a candidatura de Mário Ruivo. Podia ter sido um sinal positivo, sintoma de enfraquecimento do situacionismo, se tivesse baseado a sua afirmação numa via própria que, separando-se de Victor Baptista, assumisse com nitidez um de dois rostos: ou ser uma terceira via entre a linha seguida por Victor Baptista e a via alternativa polarizada pela candidatura de Luís Marinho; ou juntar-se a esta última. Não foi isso o que aconteceu.
A dissidência de Mário Ruivo, procurou captar, para simples séquito da sua liderança, todo o sector que, dois anos antes, tinha enfrentado Victor Baptista. E esta táctica, para além do erro de base que a inquinou, traduziu-se em episódios objectivamente hostis à continuidade da alternativa mantida por Luís Marinho, chegando longe na utilização de insinuações, mentiras e fantasiosos compromissos, retirados de um arsenal alheio à ética. Procurou, por esses meios, apropriar-se de um espaço político a que era estranha, em vez de construir uma alternativa nova, revelando assim um mimetismo fatal, relativamente aos métodos e às atitudes que imputava à liderança de Victor Baptista e que dizia querer combater.
Esse pecado original da campanha de Mário Ruivo não foi, no entanto, suficiente para impedir uma parte dos socialistas que haviam aderido, dois anos antes, à candidatura de alternativa liderada por Luís Marinho, de passarem a apoiar Mário Ruivo. E nem sequer impediu que alguns elementos do núcleo mais activo daquele projecto tivessem desertado.
Uns e outros, antes disponíveis para uma candidatura de alternativa clara, foram atraídos pela miragem (visivelmente ilusória, se for tida como certa) de um vitória fácil, ou não resistiram ao risco (que certamente julgaram maior do que aquilo que era) de uma nova derrota. Trocaram a clareza de uma verdadeira alternativa de ruptura, pela dissidência liderada por Mário Ruivo.
A perda desses apoios, mas principalmente as deserções referidas, enfraqueceram suficientemente o conjunto dos que continuaram convencidos de que só uma verdadeira alternativa podia preencher todos os objectivos políticos pretendidos, levando-os a ponderar se continuava a ser politicamente útil uma candidatura desse tipo, nas novas condições assim criadas.
A própria marcha dos acontecimentos foi tornando mais nítido que uma candidatura de ruptura não concitava, na actual conjuntura pelo menos, apoios suficientes, mesmo da parte de militantes que se haviam manifestado prévia e publicamente pela continuidade do projecto de ruptura. Sucederam-se os silêncios, os telefones surdos, as conversas do desencanto, os desejos de afastamento, os cansaços oportunos, os olhares baixos, as fugas às horas marcadas, enfim, toda uma série de expedientes de quem hesita na hora decisiva.
Por nós, estamos convencidos de que, em abstracto, para a clarificação interna e para a credibilidade externa do PS, teria sido útil uma nova candidatura liderada por Luís Marinho, que desse continuidade e aprofundasse o trabalho antes desenvolvido. Não se manifestaram suficientes apoios para esta via, por erro, pensamos, de alguns camaradas, que, tendo aderido há dois anos a um projecto politicamente coerente e sólido, se deixaram agora seduzir por ilusórios apelos conjunturais.
E é esta volatilidade, mesmo entre os mais críticos dentro da nossa Federação, que nos faz descrer da viabilidade de, no quadro limitado da Federação de Coimbra do PS, se poder abrir a porta a uma verdadeira renovação do Partido. Talvez seja mais útil agir no plano nacional, mesmo que privilegiando, num primeiro momento, a força das ideias, e deixando para mais tarde a solidez dos apoios.
São estas as razões que fazem com que nos alheemos da actual disputa, em curso na Federação de Coimbra do PS: não nos identificamos com o situacionismo vigente, mas não nos reconhecemos nesta oposição. Por isso, não apoiamos Victor Baptista, nem Mário Ruivo.
Assim, não nos esquivamos pelo silêncio de participar na vida interna do PS. Damos testemunho público do que pensamos e do que sentimos, propondo a nossa parte da verdade e sendo-lhe fiéis.
Concluímos, homenageando os socialistas que partilham a nossa posição e nos dão a honra de estar connosco nesta mesma ambição renovadora.
Luís Marinho e Rui Namorado*
A Federação de Coimbra do PS percorreu uma trajectória descendente, no decurso dos mandatos de Victor Baptista, na linha do que já prevíamos aquando da Campanha para as eleições internas, de há dois anos atrás. Tal se manifesta na perda do PS como força socialmente relevante e activa na cidade e no distrito, bem como no recuo da influência política junto do poder central, mesmo (e principalmente) quando se está perante um governo nosso. Nenhum militante da Federação de Coimbra faz parte do actual governo. Nenhum deputado do distrito de Coimbra pertence à direcção do grupo parlamentar e é voz corrente que a direcção nacional do partido e o governo ouvem mais facilmente algumas figuras públicas locais, não filiadas no PS, do que os responsáveis distritais do Partido. Mesmo nas lideranças de órgãos regionais de nomeação política, é escassa a presença de quadros oriundos do nosso distrito. No plano autárquico, o PS tem visto a sua influência reduzir-se, permanecendo longe das presidências das câmaras de Coimbra, Figueira, Cantanhede, Oliveira de Hospital e Montemor, municípios de referência que, num ou noutro momento, já tiveram presidentes socialistas.
Nas eleições anteriores Victor Baptista defrontou e venceu uma alternativa clara, liderada pelo Luís Marinho, que lhe opunha caminhos nitidamente diferentes, apontando para modos de funcionamento do Partido radicalmente distintos.
Uma parte dos socialistas que se envolveram nessa alternativa estava disposta a apoiar, uma vez mais, uma candidatura de clara oposição, que actualizasse e radicalizasse a sua contraposição, em face do que tem sido o situacionismo na Federação de Coimbra nos últimos anos. Entendiam que só assim se protegeria a perenidade de uma identificação com a base eleitoral do Partido, fazendo-a compreender com clareza que no PS havia, pelo menos, um sector que, reiteradamente, se demarcava sem ambiguidades da neblina reinante.
No entanto, dentro dos apoiantes do actual Presidente e da sua maioria política, cavou-se uma dissidência, da qual brotou a candidatura de Mário Ruivo. Podia ter sido um sinal positivo, sintoma de enfraquecimento do situacionismo, se tivesse baseado a sua afirmação numa via própria que, separando-se de Victor Baptista, assumisse com nitidez um de dois rostos: ou ser uma terceira via entre a linha seguida por Victor Baptista e a via alternativa polarizada pela candidatura de Luís Marinho; ou juntar-se a esta última. Não foi isso o que aconteceu.
A dissidência de Mário Ruivo, procurou captar, para simples séquito da sua liderança, todo o sector que, dois anos antes, tinha enfrentado Victor Baptista. E esta táctica, para além do erro de base que a inquinou, traduziu-se em episódios objectivamente hostis à continuidade da alternativa mantida por Luís Marinho, chegando longe na utilização de insinuações, mentiras e fantasiosos compromissos, retirados de um arsenal alheio à ética. Procurou, por esses meios, apropriar-se de um espaço político a que era estranha, em vez de construir uma alternativa nova, revelando assim um mimetismo fatal, relativamente aos métodos e às atitudes que imputava à liderança de Victor Baptista e que dizia querer combater.
Esse pecado original da campanha de Mário Ruivo não foi, no entanto, suficiente para impedir uma parte dos socialistas que haviam aderido, dois anos antes, à candidatura de alternativa liderada por Luís Marinho, de passarem a apoiar Mário Ruivo. E nem sequer impediu que alguns elementos do núcleo mais activo daquele projecto tivessem desertado.
Uns e outros, antes disponíveis para uma candidatura de alternativa clara, foram atraídos pela miragem (visivelmente ilusória, se for tida como certa) de um vitória fácil, ou não resistiram ao risco (que certamente julgaram maior do que aquilo que era) de uma nova derrota. Trocaram a clareza de uma verdadeira alternativa de ruptura, pela dissidência liderada por Mário Ruivo.
A perda desses apoios, mas principalmente as deserções referidas, enfraqueceram suficientemente o conjunto dos que continuaram convencidos de que só uma verdadeira alternativa podia preencher todos os objectivos políticos pretendidos, levando-os a ponderar se continuava a ser politicamente útil uma candidatura desse tipo, nas novas condições assim criadas.
A própria marcha dos acontecimentos foi tornando mais nítido que uma candidatura de ruptura não concitava, na actual conjuntura pelo menos, apoios suficientes, mesmo da parte de militantes que se haviam manifestado prévia e publicamente pela continuidade do projecto de ruptura. Sucederam-se os silêncios, os telefones surdos, as conversas do desencanto, os desejos de afastamento, os cansaços oportunos, os olhares baixos, as fugas às horas marcadas, enfim, toda uma série de expedientes de quem hesita na hora decisiva.
Por nós, estamos convencidos de que, em abstracto, para a clarificação interna e para a credibilidade externa do PS, teria sido útil uma nova candidatura liderada por Luís Marinho, que desse continuidade e aprofundasse o trabalho antes desenvolvido. Não se manifestaram suficientes apoios para esta via, por erro, pensamos, de alguns camaradas, que, tendo aderido há dois anos a um projecto politicamente coerente e sólido, se deixaram agora seduzir por ilusórios apelos conjunturais.
E é esta volatilidade, mesmo entre os mais críticos dentro da nossa Federação, que nos faz descrer da viabilidade de, no quadro limitado da Federação de Coimbra do PS, se poder abrir a porta a uma verdadeira renovação do Partido. Talvez seja mais útil agir no plano nacional, mesmo que privilegiando, num primeiro momento, a força das ideias, e deixando para mais tarde a solidez dos apoios.
São estas as razões que fazem com que nos alheemos da actual disputa, em curso na Federação de Coimbra do PS: não nos identificamos com o situacionismo vigente, mas não nos reconhecemos nesta oposição. Por isso, não apoiamos Victor Baptista, nem Mário Ruivo.
Assim, não nos esquivamos pelo silêncio de participar na vida interna do PS. Damos testemunho público do que pensamos e do que sentimos, propondo a nossa parte da verdade e sendo-lhe fiéis.
Concluímos, homenageando os socialistas que partilham a nossa posição e nos dão a honra de estar connosco nesta mesma ambição renovadora.
* Militantes socialistas
10 comentários:
Gostaria de ser o primeiro a opinar sobre este artigo. Abstenho-me de me identificar, nao porque tenha medo, coisa que, alias, nunca tive. E ainda nao ha muito tempo tive a ousadia de defrontar/afrontar, de uma forma que eu pensava ser minimanente democratica esses senhores que (des)governam o PS/Coimbra mas que, em simultaneo, e em conluo com um grupo de seguidistas avidos de protagonismo pessoal e/ou profissional, se vao governando, e ao que parece muito bem por tudo quanto tenho lido.
Direi, desde ja, que estou ausente de Coimbra. Bastante longe ate dos locais onde tal "acto eleitoral" se vai desenrolar. Mas, uma coisa e certa, se estivesse por ai, podes crer, caro Rui Namorado, que nao perderia o meu tempo para votar em candidaturas que, em meu entendimento, nada se distinguem.
Dissidencia? Mas qual dissidencia?
O que ha sao candidaturas de pura coincidencia. Diria ate que sao gemeas! Pergunto: Quem agora se candidata para suceder a Victor Baptista quantas intervencoes teve durante o "reinado" deste para criticar o trabalho que foi feito e apontar novos rumos para a boa governacao do partido em Coimbra? Em abono da verdade, nao me recordo de nenhuma. Estamos em presenca de Coimbra no seu pior! Como "tudo isto e triste, tudo isto e fado".
Tenho acompanhado a campanha. Fiquei triste. Na verdade, muito triste! E por que? Porque jamais imaginei que, pelo seu percurso, alguns camaradas viessem a ter intervencao activa na presente campanha.
Alguns eu ate entendo. Tem um tacho para (as)segurar. Outros, tem talvez um filho ou dois que precisam de emprego. E a lei da sobrevivencia. Mas outros, por mais voltas que de, nao entendo.Mas respeito as opcoes.
A final, quem perde e o Partido. Mas as consciencias tambem perdem.
Eu nao apoio nem apoiaria qualque dos candidatos. E lamento, embora longe, que nao se tenha conseguido formar um grupo de militantes que pudesse dar corpo a uma candidatura alternativa, de resistencia, as status quo dominante, com vista a (re)afirmar,pela via da credibilidade, a influencia do PS em Coimbra.
Quer ganhe um ou outro nada mudara. E nao havera mudanca por uma razao muito simples: E que ha habitos que, uma vez adquiridos, sao dificeis de mudar. Quem estuda e aprende numa escola dificilmente interioriza valores, principios, atitudes e comportamentos de escola diferente.Nao conheco a correlacao de forcas entre as duas candidaturas em presenca. Nao que isso seja importante para mim. Mas esperarei pelo resultado final, para saber se a montanha pariu ou nao um rato.
Muito teria para escrever. Mas ja me alonguei em demasia.
Por isso, caro Rui, tu que es uma das melhores cabecas pensantes do PS Coimbra - alias, das poucas que ainda existem -, sempre em exercicio permanente de lucida coerencia e de defesa dos valores do socialismo, desejo que continues igual a ti proprio.
Quanto a mim, muito dificilmente me envolverei em qualquer actividade do Partido. Desse Partido instalado em Coimbra, pelo qual fui gravemente agredido enquanto cidadao e militante.
Um abraco para ti e para todos quantos continuam a trilhar o caminho de que "Ha sempre alguem que resiste, ha sempre alguem que diz nao!"
PS: Peco desculpa pela falta de acentuacao e das cedilhas nos ces mas por vezes estas novas tecnologias pregam-nos algumas partidas.
Meu caro Rui,concordo com algumas ideias do artigo, mas vais desculpar-me era o que precisava a lista B neste momento.
Eu nao sou como o comentador anterior e assino
Alvaro Aroso
Uns concordam com a primeira parte do artigo, outros concordam com a segunda.
Mas alguns dos que concordam com as críticas da primeira, são os que merecem as críticas da segunda. Simetricamente, alguns dos que concordam com as críticas da segunda, merecem as críticas da primeira.
Na verdade, o que o texto, por moderação, não diz é que, para o PS, o melhor seria a derrota das duas candidaturas.
Caro Camarada Alvaro Aroso,
diz que nao e como o comentador anterior e assina.
Eu poderia ter assinado um qualquer nome mas tal nao e necessario.
Se ler atentamente o que escrevi ou recolher informacao pertinente facilmente sabera quem foi o autor do primeiro comentario, pois o mesmo identifica-me perfeitamente pelo que nao me considero um anonimo. A minha assinatura esta perfeitamente expressa no conteudo do texto publicado.
Em consonancia com o que humildemente escrevi concordo com o post que refere que o melhor para o PS seria a derrota das duas candidaturas, situacao que, infelizmente e por impossilidade, nao pode suceder.
Saudacoes socialistas.
Caro "anónimo" distante:
Provavelmente, o Aroso até te apoiou. Ou pelo menos, faço-lhe a justiça de pensar que votou em ti.
De facto, não o estou a ver a apoiar o LV, mesmo numa eleição de há uns tempos atrás.
De um “anónimo” distante para o caríssimo anónimo das 9.07:
O que escrevi nada tem de desrespeitoso ou de menor consideração para com o camarada Aroso. Pelo contrário, nutro pelo camarada a mais elevada estima e consideração pessoais. Nada do que me acontece, individual ou colectivamente, se varre da minha memória.
Apenas referi o facto de ter escrito o que passo a transcrever: “Eu nao sou como o comentador anterior e assino
Alvaro Aroso”
Aliás, confirma-se que, mesmo não tendo colocado nome, o comentário está devidamente assinado.
Mas esta pequena “querela” é insignificante e sem qualquer valor, pois o que verdadeiramente importa é o artigo subscrito conjuntamente pelos camaradas Rui Namorado e Luís Marinho sob o título: “No PS Coimbra: horizontes fechados”. E este artigo, embora contextualizado no que se refere à, pelo que parece, eleição do balão, de acordo com o publicado num jornal semanário local, vem na sequência de um outro escrito há algum tempo pelo camarada Rui Namorado no qual se debruçava sobre a irrelevância no contexto nacional da Federação de Coimbra do PS. E sobre isso, mas também relativamente ao artigo actual constata-se a coerência do escrivão. E é justamente de coerência, relativamente a boas ideias e práticas, que o PS/Coimbra está verdadeiramente carenciado. O PS Coimbra precisa de bons pensadores, de gente que vença pela força das ideias e não pela força da ameaça, da calúnia, da intimidação. E vencer pela força das ideias não significa só vencer eleições internas. Uma derrota eleitoral interna, nas circunstâncias em que se verificaram algumas em Coimbra, pode a médio e longo prazo transformar-se em vitória. Em política nada é definitivo. Tudo é efémero, embora se possa prolongar durante algum tempo mas não em todo o tempo. E é justamente por isso que nunca se deve desistir. E é por essa razão que não consigo compreender como é que em Coimbra, logo justamente em Coimbra, não foi possível congregar um grupo de militantes predisposto para um combate político sério, de verdadeira alternativa no plano das ideias, mesmo em reais condições de desigualdade.
Um dia prometi não mais me envolver em nada que dissesse respeito ao PS/Coimbra. Não sei onde estarei daqui a 2 anos. O tempo o dirá!
Não vou ocupar mais tempo. Foi a primeira e provavelmente a última vez que comentei neste blog que, com enorme prazer, leio regularmente.
Um abraço para todos os camaradas.
O MR acordou agora para as trafulhices da OLIMATOS!E vai queixar-se ao Socrates.Como se ele estivesse a Leste O SISTEMA vem de longe e vai continuar se não houver uma lei especial sobre ofinanciamemto e democracia interna nos partidos.Mas o SG tem mais que fazer e da-lhe gozo ver acapoeira agitada.Sempre parece que até há democracia...
RN diz:
Os teus comentários são e serão sempre bem-vindos.
E este blog tem tanto mais sentido, quanto mais conseguir ser um lugar de conversas e discussões frequentes.
Um grande abraço coma força suficiente para chegar a essas longínquas paragens.
Só é pena que o camarada Luís Marinho não tenha dado continuidade à candidatura que protagonizou, ou seja, nunca mais se preocupou com os que o apoiaram.
É lamentável a forma como abandonou os JOVENS que o apoiaram expressiva e convictamente...
Rui Namorado é vinho de outra pipa: move-se por princípios e valores.
Assim, parece-me que fica mal ao lado do Marinho, já que este deixa muito a desejar...
RN:
Há elogios insultuosos.
Tenho muita honra em partilhar ideias e iniciativas com o Luís Marinho.
Por outro lado, nunca esqueça que em política não há "bá-bás". Os jovens que estiveram com o LM agiram certamente como entenderam dentro da sua liberdade.
E certamente não seguiram um ou outro caminho por serem mais ou menos "apaparicados" por A ou por B.
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