domingo, 4 de maio de 2008

O Paraguai no seu labirinto


Foi referida neste blog, em mais do que uma ocasião, a nova conjuntura vivida no Paraguai, após a recente vitória de um candidato de esquerda, por sinal um ex-bispo da Igreja Católica.
O texto que abaixo transcrevo, publicado hoje, no importante jornal brasileiro “Folha de S. Paulo”, pode ajudar a compreender as dificuldades que o novo Presidente vai ter que enfrentar.

“O presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, terá de negociar com partidos pequenos e com o Unace (União Nacional de Cidadãos Éticos) do ex-general e oponente eleitoral Lino Oviedo para forjar maioria no Legislativo, mostram os resultados finais da votação para a Câmara e o Senado do país divulgados ontem.Os colorados, que perderam em 20 de abril a hegemonia na Presidência após 61 anos no poder, serão 15 dos 45 senadores. Na Câmara dos Deputados, também serão a maior bancada, com 30 das 80 cadeiras.A segunda força política nas Casas será o PLRA (Partido Liberal Radical Autêntico), a principal legenda da ampla coalização que elegeu o esquerdista Lugo. No Senado, os liberais terão 14 nomes. Na Câmara, 29 deputados. Os partidos mais próximos de Lugo conseguiram pouco: três senadores e dois deputados.Neste cenário, o fiel da balança será o Unace de Lino Oviedo, com 9 senadores e 15 deputados. Antecipando-se aos resultados oficiais, o vice-presidente eleito, Federico Franco, já fez um aceno ao ex-general: ofereceu à legenda dele o posto de presidente do Congresso. Antes do anúncio, Oviedo já declarara seu "apoio incondicional" ao futuro governo de Lugo.Além de tentar atrair forças intermediárias, o futuro governo quer explorar as divisões internas do Partido Colorado. A crise da sigla, que passou por dura disputa na escolha do candidato presidencial, aprofundou-se com a derrota.”

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