Têm sido escassas, muito escassas, as sondagens referentes às próximas eleições legislativas. Eventualmente, pelo facto de tanto se terem enganado, quanto às recentes eleições europeias. Abrindo talvez um ciclo final nestes escassos dias que nos separam das legislativas, uma sondagem da Aximage, publicada hoje no Correio da Manhã, cujos trabalhos de campo decorreram entre os dias 1 e 4 de Setembro, deu os seguintes resultados:
PS: 34,5%
PSD: 28,9%
BE: 10,4%
CDS-PP: 8,1%
CDU: 7,8%
"Indecisos": 6%
No blog Margens de Erro, é apresentado o panorama que resultaria de uma redistribuição proporcional dos indecisos pelos vários partidos :
PS: 36,7%
PSD: 30,7%
BE: 11,1%
CDS-PP: 8,6%
CDU: 8,3%
OBN:4,6%
Os resultados falam por si, mas a lembrança de quanto se enganaram as sondagens no caso das recentes eleições europeias, deverá suscitar muita prudência na utilização destes dados. É um lugar comum, dizer-se que é sempre melhor ser dado como vencedor do que como vencido, mas seguramente que nestas eleições a certeza quanto ao vencedor só será efectiva depois de votarmos.
No entanto, alguns grandes números são significativos, até porque reproduzem, no essencial, os resultados das eleições europeias e das poucas sondagens posteriores: a direita continua sem romper a barreira dos 40% e a esquerda de oposição continua a rondar os 20%. Pela sua parte, o PS parece querer recuperar da derrota sofrida em Junho passado, mostrando ser possível que volte a vencer, embora continue a parecer muito distante a hipótese de uma maioria absoluta.
2 comentários:
Caro Rui Namorado
Convidava-o a escrever um texto, para o meu blogue
http://maresvivasmatosinhos.blogspot.com/
sobre a importância do aprofundamento da democracia interna, nomeadamente no alargamento das primárias aos mais diversos níveis do partido.
Por razões estratégicas, somos um grupo de militantes socialistas, que deu o pontapé de saida com este blogue, na nossa terra, mas que ainda não achou oportuno dar a conhecer a constituição do grupo.
o nosso e-mail é o maresvivas.matosinhos@gmail.com
saudações socialistas
É mais que evidente que Sócrates venceu, mas com clareza, o debate com a D. Ferreira Leite. Em termos futebolísticos, a Ferreira Leite levou, pelo menos, 4-1. E Sócrates venceu o debate precisamente no espaço em que ela se pretende afirmar como intocável: o do carácter. Sócrates demonstrou, à saciedade, que a Dona tem falta de carácter: ele é a história da Madeira, ele é o TGV, ele é a questão da reforma do ensino, ele são as SCUTS, onde as suas posições se alteram conforme as conveniências. Tudo isso uma demonstração de falta de carácter.
Pena é que Sócrates não tivesse aniquilado, como poderia ter feito, as propostas liberais da D.Ferreira Leite com um exemplo: o da Irlanda.
A Irlanda é o exemplo claro de como a baixa excessiva dos impostos pode ser trágica para um país: face a um momento de catástrofe económica nacional, em que o investimento privado paralisou, o Estado, porque não tem receitas devido aos baixos impostos que manteve, não tem capacidade para ajudar os cidadãos e a economia. E, pior, vê-se forçado a aumentar os impostos num momento em que os deveria diminuir para ajudar a economia.
O contrário disso é a Suécia, em que o elevado nível dos impostos permitiu manter a economia, nesta fase difícil, quase sem sobressaltos quando comparada com o resto da Europa.
Mas talvez Sócrates não quisesse dar esse exemplo para não desagradar aos senhores do dinheiro.
Outra questão já abordada no texto anterior do odisseus: a da liberdade de informação.
Os canais televisivos que comentaram o debate foram todos de um facciosismo escandaloso. Quer na SIC, quer na TVI, todos, MAS TODOS os comentadores eram do centro e da direita. E, por isso, ou deram como resultado um empate, ou até, PASME-SE, a vitória no debate à Dona Ferreira Leite.
Esta é a verdadeira liberdade de informação que a Dona defende.
Mas é também um modo de avaliação do seu carácter.
Um tipo que se diz Alta Autoridade para a Comunicação Social, e como tal está a ganhar o nosso dinheirinho, o que faz ele face a casos destes? Nada. O que fazem o PS e as outras forças de esquerda? Que se saiba, NADA.
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