Os dois quadros acima publicados comparam resultados das sondagens referentes à intenção de voto quanto às próximas eleições europeias, até hoje publicados. No caso dos resultados da Aximage, eles reproduzem os números divulgados, pelo blog de referência nestas matérias, Margens de Erro [de Pedro Magalhães e Luís Aguiar-Conraria], que resultam de um critério proporcional na repartição dos indecisos. De facto, neste caso, ao contrário dos outros, são difundidos os resultados das intenções de voto sem repartição dos indecisos. Para os resultados serem comparáveis é pois necessário proceder a essa distribuição.
A comparação dos dados da Aximage permite comparar a evolução das intenções de voto , com base nas pesquisas de uma mesma entidade, o que sem menosprezo pelos resultados em si próprios, é especialmente significativa como indício da evolução das opções dos eleitores nesta recta final . Dentro de uma relativa estabilidade, o PP regista uma ligeira subida de 1,2% e todos os outros ligeiras quebras, sendo certo que o PSD é o único em que a quebra ultrapassa um por cento ( 1,1%). Deste modo, a diferença entre os dois maiores partidos que estava em 6,5%, está agora em 7,3 %.
Um olhar para o quadro comparativo geral permite chegar a algumas conclusões. Será muito improvável que o PS não seja o partido mais votado. Será provável que o BE seja o terceiro partido. Ao contrário do que fazia crer uma das sondagens, parece pouco provável o esmagamento do PP, que pelo contrário pode aproximar-se do BE e da CDU, no limite podendo deixar o último lugar. Pressente-se um ligeiro aumento das intenções de voto nos outros partidos que , no entanto, não é suficientemente relevante para fazer esperar alguma surpresa , vinda desses lados.
Por outro lado, estes quadros não confirmam a lenda, que vai deslizando pelos corredores do complexo mediático-político, de que o Pernóstico Rangel está a ter êxito na campanha e o candidato do PS está abaixo das expectativas. A fazer fé nas sondagens, parece estara a confundir-se um discurso espanta-pardais, ancorado numa clara inflexão direitista com toques nacionalisteiros, com uma imaginária energia política. Mas, se olharmos com atenção, as prestações mais enérgicas de Rangel são tão ocas e circunstanciais que, verdadeiramente, não transcendem a performance normal de um pernóstico a gritar.
Vale a pena, para concluir, sublinhar que o primeiro lugar do PS, sendo provável, não deve ser tido como certo. O blog Margens de Erro acima referido, explica bem a razão pela qual resta ainda alguma incerteza quanto à posição relativa dos dois partidos. Sem com isso se menosprezar, insisto, a vantagem que deve ser atribuída ao PS pelo facto de vir à frente em todas as sondagens.
4 comentários:
Caro Rui,
Fiz link para o "Praça Stephens".
Abraço.
OC
Meu Caro Rui
Esta ansiedade de antecipar o futuro ou vontade de o influenciar?
Vou pela segunda, tanto mais que a gente já tem idade mais do que suficiente para saber que o futuro se fosse antecipável deixaria de o ser...
Abraço
JMC Pinto
Caro JMCPinto:
Só conseguirás influenciar o futuro, se em alguma medida o conseguires antecipar.
Abraço
RN
Não tem nada a ver com o assunto do post.
Queria enviar-te um documento interessantíssimo que cá tenho, mas o teu e-mail cabalístico devolve-me tudo. Fiz duas tentativas, ambas sem sucesso.
Manda-me para o meu e-mail o teu endereço para te enviar o dito documento, que vais gostar de ver.
Abraço
CPinto
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