segunda-feira, 8 de maio de 2017

O sono da Europa



Em novembro de 2008, concluí um texto, sobre  os socialistas e a Europa, que foi publicado pouco depois. Perante a hipótese de a União Europeia continuar a deixar correr as coisas ao sabor de um inércia tolhida, alertei para os riscos que daí resultavam. Disse:

“Aumentará o risco de se cair num mal-estar social difuso, numa angústia coletiva alheada da esperança, numa atmosfera propícia ao exacerbamento de uma conflitualidade social movida por fatores circunstanciais, assente em preconceitos ou em dinâmicas aleatórias e dissipativas, politicamente estéreis. Ficará assim aberta a porta a todos os fundamentalismos, ao exacerbar dos nacionalismos mais estreitos, às alianças de todos os ressentimentos, às pulsões suicidárias de todos os desesperos. A mais vertiginosa irracionalidade poderá chegar ao cerne de muitos conflitos sociais e políticos, minando os alicerces da democracia e fazendo regredir social e culturalmente a Europa.”


Não me regozijo coma a atualidade deste excerto de um texto escrito há quase uma década.

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