sábado, 20 de agosto de 2011

UM SILÊNCIO ESTIVAL

Alguns camaradas parecem inquietos perante o silêncio estival da liderança do PS. As inquietações não se discutem, registam-se. Se o silêncio for uma estratégia, estamos perante uma orientação que, podendo ser discutível, é legítima e aceitável. Se o silêncio for uma incapacidade, temos razões para nos preocuparmos. Mas teremos razões ainda mais fundas para nos sentirmos angustiados, se esse relativo silêncio traduzir uma quietude completa do partido, expressa numa ausência de estruturas de reflexão, informação e combate político, destinada a manter-se. Não nos iludamos: a máquina politico-governamental da direita não se combate com um pequeno grupo de franco-atiradores, mesmo que eles sejam corajosos e tenham boa pontaria. Desta vez , no actual estado de coisas, se o PS não se estruturar em termos politicamente não amadores, correrá um enorme risco de ver esbatida a sua audibilidade mediática e a sua força política.

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