segunda-feira, 28 de junho de 2010

Barómetro do CESOP- eleições em Portugal

O Barómetro, feito pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa (CESOP) para o JN, DN, RTP e Antena 1, revela um resultado em linha com as últimas sondagens, mas com algumas diferenças visíveis.
Pela primeira vez neste Barómetro, desde 2002, o PSD é o partido que recolhe um maior número de intenções de voto, 37%. Isso representa uma subida de 4% relativamente ao anterior, divulgado em Março passado. O PS fica em segundo lugar com 34%, perdendo 7% desde o Barómetro anterior. O BE estagna num patamar modesto: 6%. O CDS passa de 10% para 6%, em três meses, acontecendo o inverso com a CDU ao subir de 6% para 10%. Mas a direita em conjunto, mantém-se nos 43 % de Março passado, enquanto PS+CDU+BE atingem os 50%, descendo 3 % desde a sondagem anterior.
Assim, a direita provavelmente não chegaria à maioria absoluta, nem juntando os deputados do PSD com os do CDS. O PS sózinho ficaria ainda mais longe de uma maioria absoluta que lhe permitisse formar governo sem excessiva incerteza.

5 comentários:

Manuel Palhoco disse...

O problema é que os 50% "à esquerda" não existem enquanto hipótese de governo. E não me venham com a "treta" de que é por causa do PS, porque a razão é que o PCP e o BE "cavalgam" as dificuldades e as crises para esconder a falta de soluções e continuar a esconder que as suas propostas só são possiveis, se o forem, numa sociedade radicalmente diferente da actual.

b m disse...

Meu Caro Rui,
É com estupefacção que te vejo juntar na esquerda os "previsíveis" votos do PS aos do BE e daté da CDU....
Rotativismo democrático ?!...

Um abraço,~

( bento )

Rui Namorado disse...

Caro Bento:

Não percebo a tua estupefacção.

Ou achas que em Portugal a esquerda é a soma do BE com o PCP?

Aliás podes ler, também neste GZ, o meu texto de alguns dias atrás "Está aí alguén ?", para veres exactamente o que penso sobre o que me parece ser a tua questão.

Abraço.

RN

b m disse...

Meu querido Rui,
Eu não acho nada disso quanto à “esquerda”.
A “esquerda” é constituida por quem aí se insere pela sua praxis - é o teu caso ( é de justiça reconhecer a evidênca, apesar da tua opção partidária ).
E até por isso mesmo, em muitos casos, ser de esquerda pouco tem a a ver com a filiação partidária (desculpa lá o truísmo)
Mas quanto ao que aqui me traz, uma de duas: ou expliquei-me mal ou fui mal interpretado.
O que me causou estupefacção não foi o " BE+PC+PS" ), mas sim não teres anteriormente direccionado a tua pergunta ( " está aí alguém? " ) para dentro do PS .
É que não me parece curial continuares a apostrofar o BE e o PC disto e daquilo, quando, depois, vens juntá-los à "esquerda" para efeitos de Marktest...
Por outra via: nem para analisar estatísticas de " maiorias de esquerda", o zig zag é o melhor critério.
A pergunta ( " está aí alguém? " ) entendi-a pois como sendo dirigida para dentro do PS. Só assim faz sentido.
Pois muitos destinatários tens aí à mão... ( por "pudor" escuso-me de os citar ).
E não me venhas com mais "freis" e "beatíficos", pois deles estão todos os partidos a abarrotar.
Um abraço,

( bento )

RN disse...

Caro Bento:

Disseste : "É que não me parece curial continuares a apostrofar o BE e o PC disto e daquilo, quando, depois, vens juntá-los à "esquerda" para efeitos de Marktest..."

Isso não é verdade. Faço críticas políticas, não apostrofo coisa nenhuma.

Mas é muito estranho que vejas incoerência entre uma atitude crítica e o facto de se achar que os seus alvos também são esquerda.

Será que não deste conta do modo como o PCP há várias décadas e o BE há uma década, sempre derreiam o PS com as suas diatribes e sempre o incluem na esquerda quando se querem afirmar como integrando um bloco político maioritário.

E nota estamos a falar de políticas de partidos e não de análises e opiniões de um cidadão isolado.

O "está aí alguém " dirige-se expressamente a todas as direcções e não apenas a uma ou duas delas.

É curioso como mesmo entre os melhores ( entre os quais te situo) é mais fácil descobrir um resmungo de distribuição de culpas e de anátemas do que assistir a uma congeminação de caminhos práticos para se superar o presente.

A nossa esquerda está realmente a abarrotar de S.Pedros que se imaginam a decidir a cada momento quem vai para o céu da política e quem merece ir para o inferno.

Acabamos por ficar todos no purgatório...

Abraço.

Rui Namorado