Os polacos da Internacional Socialista (IS) e do Partido Socialista Europeu (PSE) foram aplicadores dóceis da partitura económica neoliberal, na desafinada orquestra dirigida pelo Partido Popular Europeu (PPE) e foram seguidores disciplinados da terceira via na aventura iraquiana de Blair.
Os húngaros da IS e do PSE participaram com denodo na mesma orquestra na execução da mesma partitura.
Os resultados económicos de uns e outros não foram os mesmos, mas com a diferença de alguns anos, primeiro os polacos e agora os húngaros foram varridos pelos eleitores de qualquer verdadeira relevância política do mapa de ambos os países. Num e noutro caso, com exclusivo benefício eleitoral das direitas, mais ou menos radicais.
Se nos recordarmos do que tem vindo a acontecer, em sucessivas eleições, na Dinamarca e na Holanda e se olharmos para a actual paisagem política alemã, bem como para o terrível cinzentismo da esquerda italiana, talvez nos devamos interrogar sobre a razão pela qual, um após outro, os partidos europeus da IS se encaminham mansamente para o altar sacrificial do neo-liberalismo, para sofrerem por deuses que não são seus.
O PS e Portugal passam por tempos difíceis, em boa parte por força da pilhagem financeira perpetrada pelos artefactos mais perversos do capitalismo internacional, mas, mesmo que seja certo tomar como único caminho no curto prazo o que está a ser seguido, não compreendo como se pode ter gerado no seio do PS um silêncio tão pesado sobre tudo o que transcenda o imediato.
Queremos nós ser mais um cordeiro dócil, sacrificado inutilmente no estéril altar do neoliberalismo do PPE , para desgraça dos portugueses e desconsideração da própria ideia de Europa ?
Os húngaros da IS e do PSE participaram com denodo na mesma orquestra na execução da mesma partitura.
Os resultados económicos de uns e outros não foram os mesmos, mas com a diferença de alguns anos, primeiro os polacos e agora os húngaros foram varridos pelos eleitores de qualquer verdadeira relevância política do mapa de ambos os países. Num e noutro caso, com exclusivo benefício eleitoral das direitas, mais ou menos radicais.
Se nos recordarmos do que tem vindo a acontecer, em sucessivas eleições, na Dinamarca e na Holanda e se olharmos para a actual paisagem política alemã, bem como para o terrível cinzentismo da esquerda italiana, talvez nos devamos interrogar sobre a razão pela qual, um após outro, os partidos europeus da IS se encaminham mansamente para o altar sacrificial do neo-liberalismo, para sofrerem por deuses que não são seus.
O PS e Portugal passam por tempos difíceis, em boa parte por força da pilhagem financeira perpetrada pelos artefactos mais perversos do capitalismo internacional, mas, mesmo que seja certo tomar como único caminho no curto prazo o que está a ser seguido, não compreendo como se pode ter gerado no seio do PS um silêncio tão pesado sobre tudo o que transcenda o imediato.
Queremos nós ser mais um cordeiro dócil, sacrificado inutilmente no estéril altar do neoliberalismo do PPE , para desgraça dos portugueses e desconsideração da própria ideia de Europa ?
2 comentários:
Trabalhadores 'encornados'...
Governo PS (Min. Trabalho e Sec.E. Admin.Púb., ...), em conluio com a cúpula da UGT enganaram os trabalhadores e os militantes e simpatizantes Socialistas, fazendo legislação ABOMINÁVEL (Código Trabalho, SIADAP, ...) e ainda pretendiam ir mais longe com a 'flexiNsegurança'...(suspensa até... vir o PSD)
com 'amigos' destes os trabalhadores não precisam de + inimigos...
Saber se as suas diatribes são justas ou não, ou se o são somente em parte, pode ser importante etica e psicologicamente e ser suficiente nesses planos.
Mas, no plano político, há um aspecto decisisvo para se poder aferir o acerto político de uma posição, de uma ideia ou de uma crítica.
E esse aspecto é o seguinte: essa posição,essa ideia, essa crítica têm alguma probabilidade de contribuirem positivamente para um processo transformador que modifique de facto a realidade rejeitada?
Parece-me que não, claramente parece-me que não: a partir do posicionamento político que assume e com base na maneira como olha para fora do seu campo, não me parece provável que se obtenha qualquer reultado que se aproxime das suas aspirações.
Por isso, as suas indignações podem ter uma boa dose de legitimidade,as suas aspirações podem ser louváveis, o seu modo de caminhar pode ser deciddido, mas o caminho que escolheu parece-me ser, na prática, um beco sem saída.
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