No site do Público de hoje, li um relato detalhado sobre projectos de engenharia assinados por José Sócrates, entre 1987 e 1991. Incluem alguns pormenores desqualificantes para o visado, com embrulhadas referências a censuras que lhe terão sido feitas por uma autarquia dirigida pelo PS. [ O jornal reconhece pelo menos que os "malandros" dos socialistas não trocam apenas entre si palmadinhas nas costas ]
Se o Público fosse um escarafunchador sistemático de toda a vida profissional de todos os políticos que tivessem desempenhado funções importantes neste país, talvez não tivesse leitores, mas revelaria um a atitude imparcial que nunca se poderia confundir como uma fixação persecutória.
Ora, sendo eu leitor do Público desde o seu primeiro número, sei que não é isso que acontece. Ele tem um reduzido leque de alvos. De facto, esse ex-jornal de referência, que tem vindo a conhecer uma deriva continuada rumo a uma tabloidização selectiva, tem porfiado num ataque sistemático ao actual ao primeiro-ministro, ao seu governo e ao PS.
Mas José Sócrates já tinha sido enlameado por vários lados, nomeadamente, pelo que hoje foi retomado, quando ganhou as eleições. O Público pode não ter gostado, pode achar até que se devia substituir o povo que somos por aquele que o jornal do Senhor Engenheiro gostaria que fossemos, mas tem que ter paciência. Para a próxima talvez ganhe um candidato mais ao seu gosto. Faça o seu trabalho, mas não se confunda a si próprio com um rafeiro tomba-governos, até para não engrossar o pelotão de tontos que querem derrubar o Governo, mas não sabem quem podem pôr no lugar dele.
É certo que até há neste episódio um elogio involuntário a José Sócrates. Realmente, o circunspecto periódico não encontrou nada de mais actual para combatê-lo do que um folhetim de umas obras assinadas por si há mais de vinte anos, quando ele estava ainda muito longe de vir a ser governo, e destinado a penar nas bancadas da oposição, durante mais uma legislatura completa.
Tenho vindo a resistir nos últimos tempos a recorrentes impulsos de deixar de comprar um jornal que tenho comprado todos os dias desde a sua fundação. Mas o episódio de hoje, que até talvez nem seja muito significativo, foi aquela pequena gota que fez transbordar o copo cansado da minha paciência.
A partir de hoje, o jornal português Público não será mais comprado por mim, juntando-se ao lote de periódicos que nunca compro. Pelo menos, enquanto não me cansar do meu cansaço, se me cansar...
Se o Público fosse um escarafunchador sistemático de toda a vida profissional de todos os políticos que tivessem desempenhado funções importantes neste país, talvez não tivesse leitores, mas revelaria um a atitude imparcial que nunca se poderia confundir como uma fixação persecutória.
Ora, sendo eu leitor do Público desde o seu primeiro número, sei que não é isso que acontece. Ele tem um reduzido leque de alvos. De facto, esse ex-jornal de referência, que tem vindo a conhecer uma deriva continuada rumo a uma tabloidização selectiva, tem porfiado num ataque sistemático ao actual ao primeiro-ministro, ao seu governo e ao PS.
Mas José Sócrates já tinha sido enlameado por vários lados, nomeadamente, pelo que hoje foi retomado, quando ganhou as eleições. O Público pode não ter gostado, pode achar até que se devia substituir o povo que somos por aquele que o jornal do Senhor Engenheiro gostaria que fossemos, mas tem que ter paciência. Para a próxima talvez ganhe um candidato mais ao seu gosto. Faça o seu trabalho, mas não se confunda a si próprio com um rafeiro tomba-governos, até para não engrossar o pelotão de tontos que querem derrubar o Governo, mas não sabem quem podem pôr no lugar dele.
É certo que até há neste episódio um elogio involuntário a José Sócrates. Realmente, o circunspecto periódico não encontrou nada de mais actual para combatê-lo do que um folhetim de umas obras assinadas por si há mais de vinte anos, quando ele estava ainda muito longe de vir a ser governo, e destinado a penar nas bancadas da oposição, durante mais uma legislatura completa.
Tenho vindo a resistir nos últimos tempos a recorrentes impulsos de deixar de comprar um jornal que tenho comprado todos os dias desde a sua fundação. Mas o episódio de hoje, que até talvez nem seja muito significativo, foi aquela pequena gota que fez transbordar o copo cansado da minha paciência.
A partir de hoje, o jornal português Público não será mais comprado por mim, juntando-se ao lote de periódicos que nunca compro. Pelo menos, enquanto não me cansar do meu cansaço, se me cansar...
Resta apenas a fraca consolação simbólica de haver um jornal espanhol com o mesmo título bem mais legível do que o seu predecessor português.
4 comentários:
De facto... Como alguém já escreveu, provavelmente uma ou uma das maiores contribuições de karl Marx sobre a análise económica, social e política foi a sua máxima - de que todos os sistemas, desde o exacto momento do seu nascimento, têm incrustado o germe da sua destruição, com uma agravante: sem esse germe, a existência do sistema não seria possível. Bom, o Público, nasceu, tem vivido, a morte é sempre uma questão de tempo... infelizmente ou talvez não.
RA
"Resta apenas a fraca consolação simbólica de haver um jornal espanhol com o mesmo título bem mais legível do que o seu predecessor português."
ou pelo menos, não diz mal do Sócrates, o que de simbólico não tem nada...
http://arrastao.org/sem-categoria/o-que-querem-mais/
Belo tema para o Quim Barreiros: o casamento das "cabritinhas" do SOL com os carneirinhos "churros" do PÚBLICO; dele nascerão crias estéreis, cobiçadas pela sua grande resistência mas fraca inteligência.
JG
Enviar um comentário