Aconteceu qualquer coisa ao Saraiva do Sol. Apercebi-me disso, quando numa das minhas peregrinações televisivas deparei com o inefável Crespo a conversar gravemente com um juiz, sobre umas tantas perguntas que alguém teria feito ao desusado arquitecto Saraiva.
A coisa terá sido grave. Não consegui saber o que foi. Busquei no sítio do Sol , na esperança de compreender. Em vão. Ainda agora, estou para saber quem realmente lhe perguntou o quê.
Em compensação, deparei, no referido sítio, com um texto ferocíssimo do azougado arquitecto contra Sócrates. Não me espantou a veemência dos ataques, já que é natural e nada tem de espantosa, vinda de quem vem.
Mas espantou-me o seu contorcionismo intelectual, que mistura factos com insinuações, hipóteses com evidências, numa caldeirada que, verdadeiramente, não é mais do que um arremesso de lama a um político de quem o arquitecto não gosta. É um dos textos intelectualmente mais desonestos que alguma vez me foi dado ler.
Por exemplo, sublinha a implicação de Sócrates no processo “ Face Oculta”, quando a única coisa que se sabe, sobre uma qualquer conexão do Primeiro-Ministro com o processo, é o facto de ele ter sido escutado por tabela, através de um dos arguidos, tendo sido público que nas escutas não transpirara nada que tivesse, fosse o que fosse, a ver com esse processo. Portanto, a implicação de Sócrates no “Face Oculta” é uma simples invenção insultuosa. Depois, meteu Sócrates, que não foi sequer constituído arguido em qualquer processo, no mesmo saco de Isaltino, que já foi condenado num julgamento, em primeira instância.
Por fim, sugere que o conteúdo das escutas ilegais, difundido ilegal e ilegitimamente, devia levar à demissão do primeiro-ministro, pelo modo como ele se refere não sei bem a quê nem a quem.
Fazendo-se passar por tonto, o arquitecto espanta-se pelo facto de que tantos notáveis socialistas, que ele generosamente carimba de honestos, defendam Sócrates, sugerindo ainda que são essas opiniões favoráveis a única coisa que. verdadeiramente, o segura como chefe de governo.
Ou seja, o imaginativo arquitecto começa por inventar uma desqualificação insultuosa para Sócrates, para, em seguida, retirar das suas próprias invenções insultuosas a drástica consequência política de uma possível demissão do governo.
A coisa terá sido grave. Não consegui saber o que foi. Busquei no sítio do Sol , na esperança de compreender. Em vão. Ainda agora, estou para saber quem realmente lhe perguntou o quê.
Em compensação, deparei, no referido sítio, com um texto ferocíssimo do azougado arquitecto contra Sócrates. Não me espantou a veemência dos ataques, já que é natural e nada tem de espantosa, vinda de quem vem.
Mas espantou-me o seu contorcionismo intelectual, que mistura factos com insinuações, hipóteses com evidências, numa caldeirada que, verdadeiramente, não é mais do que um arremesso de lama a um político de quem o arquitecto não gosta. É um dos textos intelectualmente mais desonestos que alguma vez me foi dado ler.
Por exemplo, sublinha a implicação de Sócrates no processo “ Face Oculta”, quando a única coisa que se sabe, sobre uma qualquer conexão do Primeiro-Ministro com o processo, é o facto de ele ter sido escutado por tabela, através de um dos arguidos, tendo sido público que nas escutas não transpirara nada que tivesse, fosse o que fosse, a ver com esse processo. Portanto, a implicação de Sócrates no “Face Oculta” é uma simples invenção insultuosa. Depois, meteu Sócrates, que não foi sequer constituído arguido em qualquer processo, no mesmo saco de Isaltino, que já foi condenado num julgamento, em primeira instância.
Por fim, sugere que o conteúdo das escutas ilegais, difundido ilegal e ilegitimamente, devia levar à demissão do primeiro-ministro, pelo modo como ele se refere não sei bem a quê nem a quem.
Fazendo-se passar por tonto, o arquitecto espanta-se pelo facto de que tantos notáveis socialistas, que ele generosamente carimba de honestos, defendam Sócrates, sugerindo ainda que são essas opiniões favoráveis a única coisa que. verdadeiramente, o segura como chefe de governo.
Ou seja, o imaginativo arquitecto começa por inventar uma desqualificação insultuosa para Sócrates, para, em seguida, retirar das suas próprias invenções insultuosas a drástica consequência política de uma possível demissão do governo.
1 comentário:
É pena que o arquitecto Saraiva tenha saído mais ao tio do que ao pai...
Quanto ao inefável Crespo, tornou-se numa segunda Manuela Moura Guedes, não conseguindo sequer disfarçar o seu ódio a Sócrates e ao PS; acho que ficou assim desde que não lhe deram um "tacho" qualquer que ele pretendia.
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