Homenagem ao 25 de Abril
eram tristes as horas na colina do tempo
um inverno cinzento melancólico triste
um exílio apertado no Outono dos meses
não havia manhãs nos lugares do futuro
uma pedra pesava no sabor das palavras
um punhal humilhava o silêncio dos versos
oferecia-se a morte numa guerra distante
os relógios morriam no regaço do tempo
adiava-se a vida e era tarde demais
mas o dia chegou como um tigre de luz
os caminhos voltaram ao começo de tudo
no mistério vivido dessa hora tão limpa
foram gumes de gente que invadiram cidades
uma voz das palavras tantos anos guardadas
cada um descobrindo sua própria alegria
na parede de esperança onde vive o futuro
houve cravos nascendo da frieza das armas
e os sorrisos abriram o perfume das ruas
todo o tempo marcado no vigor deste dia
a memória guardada no silêncio do povo
a memória de Abril para sempre inventada
eram tristes as horas na colina do tempo
um inverno cinzento melancólico triste
um exílio apertado no Outono dos meses
não havia manhãs nos lugares do futuro
uma pedra pesava no sabor das palavras
um punhal humilhava o silêncio dos versos
oferecia-se a morte numa guerra distante
os relógios morriam no regaço do tempo
adiava-se a vida e era tarde demais
mas o dia chegou como um tigre de luz
os caminhos voltaram ao começo de tudo
no mistério vivido dessa hora tão limpa
foram gumes de gente que invadiram cidades
uma voz das palavras tantos anos guardadas
cada um descobrindo sua própria alegria
na parede de esperança onde vive o futuro
houve cravos nascendo da frieza das armas
e os sorrisos abriram o perfume das ruas
todo o tempo marcado no vigor deste dia
a memória guardada no silêncio do povo
a memória de Abril para sempre inventada
[ Rui Namorado]
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