PS – economia social e
coesão territorial.
Para se concluir o percurso através da Moção de Pedro Coimbra, a qual serve de base à sua candidatura à Federação de Coimbra do PS , vou divulgar hoje alguns excertos seus, sobre três temas que ainda não haviam sido mencionado: economia
social, coesão territorial e
salvaguarda do ambiente.
1º
Quanto ao fomento da economia social
“A Federação de
Coimbra, no âmbito das suas atribuições, participará ativamente no processo de
constituição e robustecimento do Departamento Nacional de Economia Social
atualmente em curso, por iniciativa do Secretariado Nacional do PS.
Dando valor à
importância do contributo da economia social para a qualidade de vida das
pessoas, para o aprofundamento da democracia, para o robustecimento das lógicas
solidárias, associativas, comunitárias e cooperativas, bem como para o
desenvolvimento local, a Federação incentivará no nosso distrito o reforço de
uma política ativa de fomento da economia social, em consonância plena com o
que foi assumido pelo Partido no mais recente Congresso Nacional.
Procuraremos compaginar
esse fomento com uma estratégia de desenvolvimento local, suscetível de
reverter a desertificação do interior do país e a degradação acelerada da
qualidade de vida dos portugueses que aí vivem. Nessa mesma lógica,
valorizaremos as potencialidades da economia social na humanização do
quotidiano dos aglomerados urbanos”.
2º Quanto ao reforço da coesão
territorial
“A
plena integração do principio da coesão territorial na conceção e execução das
politicas públicas ─ em particular naquelas que mais eficazmente podem combater
as assimetrias regionais e valorizar o território, como sejam as politicas de
saúde, turismo, ambiente, agricultura, florestas, educação, cultura, investigação
cientifica e inovação, emprego, empreendedorismo, desenvolvimento regional,
obras públicas e de ordenamento do território ─
são o caminho que defendo para gerar e fixar a riqueza e o emprego
indispensáveis para inverter as tendências regressivas que nos limitam o
desenvolvimento e/ou nos ameaçam de declínio”. (…)
“Um
exemplo paradigmático da mudança que preconizamos, mas que só será possível se
soubermos continuar a trabalhar de forma unida e persistente, respeita ao
domínio das acessibilidades, e inclui projetos de potencial absolutamente
transformador como o desenvolvimento de um serviço de transporte aéreo de
passageiros com o Aeroporto Internacional em Coimbra, ou a concretização do
Sistema de Mobilidade do Mondego ou ainda a, há muito tempo reclamada, mas
sempre adiada, Autoestrada Coimbra-Viseu. Sem esquecer a Conclusão do IC6 ou a
Requalificação do IP3.” (…)
“Nesta
linha de atuação, é possível encontrar o compromisso de continuar a lutar pela
defesa do Programa Revive, onde se incluem os projetos de intervenção no
Mosteiro de Santa Clara-a-Nova e no Mosteiro de Lorvão. Estes exemplos são
demonstrativos de que a articulação da oferta e da atratividade turística com
as atividades produtivas locais é uma condição fundamental para o seu impacto
social e económico e a sua própria sustentabilidade a médio e longo prazo”.
3º Quanto à salvaguarda
do ambiente e da sustentabilidade
“Cabe
à Federação de Coimbra desenvolver as ações políticas que forem necessárias
para que finalmente se concretize o cadastro florestal, com prioridade para as
Zonas de Intervenção Florestal, bem como prosseguir e acelerar o planeamento e
ordenamento dos solos florestais e valorizar a sua multifuncionalidade, tanto
para efeitos de lazer como em termos produtivos (de que são exemplos a cortiça,
a resina, os frutos secos, o mel, cogumelos e outros). Por outro lado, mas
igualmente estratégico, está o compromisso de um apoio politico forte às
atividades tradicionalmente ligadas à Economia do Mar (pesca, transformação do
pescado, aquicultura, indústria naval, turismo, náutica de recreio), e à
proteção do património natural, incluindo a gestão dos riscos colocados pelas
alterações climáticas e erosão costeira.
Finalmente,
pela sua importância como bem essencial à vida e de inestimável valor, como
tal, objeto de inúmeros interesses, destaco a importância estratégica e
politica dos sistemas de abastecimento de água e de drenagem de águas
residuais. Salvaguardando que a sua gestão e utilização deve ser racional e
respeitar elevados padrões de qualidade, um dos aspetos que importa acompanhar
à escala regional, prende-se com os modelos de gestão, cujo caráter deve ser
exclusivamente público e com plena garantia da universalidade no acesso,
independentemente da condição económica ou social dos envolvidos e em respeito
pela aplicação do princípio do poluidor pagador.
Em
síntese, o programa politico com que me apresento aos Militantes do PS do
Distrito de Coimbra estabelece que a promoção de um desenvolvimento económico
equilibrado, harmonioso e ecologicamente sustentável deve assentar em ações
politicas que contribuam para um ordenamento e gestão adequadas do território,
do mar e suas atividades, das áreas agrícolas e florestais, com aproveitamento
dos recursos naturais, através de projetos estruturados e sustentáveis,
apoiados no conhecimento, no saber fazer, na inovação, nas tecnologias, e tendo
por base a articulação entre programas e linhas de financiamento de âmbito
nacional, regional e local, mas que envolvam, sempre e de modo efetivo, o poder
local e as associações representativas dos interessados, e que atendam a
critérios de eficácia e qualidade”.
Ficou claro, pelos excertos que transcrevi, hoje e nos dias
anteriores, que estamos perante um texto com ideias e propostas que ilustram, a
meu ver bem, o essencial das posições dos socialistas quanto às temáticas em
causa. Também por isso apoio esta candidatura.
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