O PS em Coimbra
Apoio a
candidatura de Pedro Coimbra à liderança da Federação de Coimbra do PS, tendo
em conta o modo como a ela tem presidido, o conteúdo da sua proposta política
consubstanciado na Moção de Orientação Política de que é o primeiro subscritor e
a adequação dos seus méritos políticos
pessoais ao exercício dessa função.
Valorizo muito o
conteúdo político da sua proposta. Nessa medida, vou destacar alguns dos seus
excertos que me pareceram mais impressivos e cujo sentido me parece mais
relevante.
Para
mim, é decisiva a posição do candidato quanto à atual conjuntura política e à
solução política que lhe subjaz. Diz-nos a Moção de Pedro Coimbra:
“esta candidatura manifesta plena
consonância e completo apoio quer à atual solução política que dá na Assembleia
da República um apoio parlamentar maioritário ao governo do Partido Socialista
quer ao trabalho do Governo em si próprio.
Nesse
sentido, partilha também a valorização de uma contraposição clara em face dos
partidos de direita e de uma convergência leal com os outros partidos que são
nossos aliados no suporte parlamentar dado ao nosso Governo. E, no mesmo
registo, apoia a continuação da autonomia estratégica do PS, em harmonia com a
sua identidade histórica e com o desígnio de se caminhar para uma sociedade
justa e livre, consonante com os valores do socialismo democrático”.
Também
dou especial relevância ao modo como, no plano interno, se propõe continuar a dirigir
o Partido. Eis o que nos diz quanto a isso a sua Moção:
“O
trabalho político de uma Federação do PS é da responsabilidade de todos os
socialistas, tal como é de todos o mérito pelos êxitos alcançados. Quem lidera
a Federação está obrigado a dirigir, a coordenar e a estimular. É isso que
tenho feito ao longo dos anos mais recentes, por mandato democraticamente
conferido pelos militantes socialistas do Distrito.
Esta
candidatura propõe-se continuar esse caminho, com novas propostas para novas
etapas. Aposta no confronto de ideias e de propostas, não se destina a apoucar
ninguém, muito menos quem dispute com ela o apoio dos socialistas. Sabe que
independentemente dos resultados, no dia seguinte, todos os socialistas são
necessários para o combate político que nos opõe à direita, aos poderes de
facto instalados e aos privilégios instituídos.”
Ao
arrepio do que se passa entre nós, do resto da Europa vão chegando alguns sinais
preocupantes. Em diversos países, há um cerco que parece tecer-se em torno dos socialistas, dentro do
qual os nossos adversários e inimigos nos colocam a todos sem distinções. A
todos.
Também
por isso, trazer para o debate político as grandes questões e o peso humano dos
grandes problemas da sociedade, para podermos conseguir ligar o nosso trabalho político
à sua resolução, sendo uma atitude que nos dignifica, é também um dever
político a que não podemos fugir. O tempo não sobra. Discutamos por isso as
grandes questões, mas não desperdicemos tempo em querelas marginais que apenas
nos podem diminuir e esterilmente incomodar.
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