segunda-feira, 5 de março de 2018

O PS EM COIMBRA




O PS em Coimbra

Apoio a candidatura de Pedro Coimbra à liderança da Federação de Coimbra do PS, tendo em conta o modo como a ela tem presidido, o conteúdo da sua proposta política consubstanciado na Moção de Orientação Política de que é o primeiro subscritor e a adequação dos seus méritos  políticos pessoais ao exercício dessa função.
Valorizo muito o conteúdo político da sua proposta. Nessa medida, vou destacar alguns dos seus excertos que me pareceram mais impressivos e cujo sentido me parece mais relevante.
Para mim, é decisiva a posição do candidato quanto à atual conjuntura política e à solução política que lhe subjaz. Diz-nos a Moção de Pedro Coimbra:
 “esta candidatura manifesta plena consonância e completo apoio quer à atual solução política que dá na Assembleia da República um apoio parlamentar maioritário ao governo do Partido Socialista quer ao trabalho do Governo em si próprio.
Nesse sentido, partilha também a valorização de uma contraposição clara em face dos partidos de direita e de uma convergência leal com os outros partidos que são nossos aliados no suporte parlamentar dado ao nosso Governo. E, no mesmo registo, apoia a continuação da autonomia estratégica do PS, em harmonia com a sua identidade histórica e com o desígnio de se caminhar para uma sociedade justa e livre, consonante com os valores do socialismo democrático”.

Também dou especial  relevância ao modo como, no plano interno, se propõe continuar a dirigir o Partido. Eis o que nos diz quanto a isso a sua Moção:
“O trabalho político de uma Federação do PS é da responsabilidade de todos os socialistas, tal como é de todos o mérito pelos êxitos alcançados. Quem lidera a Federação está obrigado a dirigir, a coordenar e a estimular. É isso que tenho feito ao longo dos anos mais recentes, por mandato democraticamente conferido pelos militantes socialistas do Distrito.
Esta candidatura propõe-se continuar esse caminho, com novas propostas para novas etapas. Aposta no confronto de ideias e de propostas, não se destina a apoucar ninguém, muito menos quem dispute com ela o apoio dos socialistas. Sabe que independentemente dos resultados, no dia seguinte, todos os socialistas são necessários para o combate político que nos opõe à direita, aos poderes de facto instalados e aos privilégios instituídos.”

Ao arrepio do que se passa entre nós, do resto da Europa vão chegando alguns sinais preocupantes. Em diversos países, há  um cerco que parece tecer-se em torno dos socialistas, dentro do qual os nossos adversários e inimigos nos colocam a todos sem distinções. A todos.
Também por isso, trazer para o debate político as grandes questões e o peso humano dos grandes problemas da sociedade, para podermos conseguir ligar o nosso trabalho político à sua resolução, sendo uma atitude que nos dignifica, é também um dever político a que não podemos fugir. O tempo não sobra. Discutamos por isso as grandes questões, mas não desperdicemos tempo em querelas marginais que apenas nos podem diminuir  e esterilmente incomodar.

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