Ainda no quadro do processo eleitoral interno que
está a decorrer na Federação de Coimbra do Partido Socialista, continuando a
sublinhar na Moção de Orientação Política, cujo primeiro subscritor é Pedro Coimbra, alguns excertos que para
mim são mais relevantes e cujo conteúdo contribuiu para o apoiar, vou hoje transcrever mais um.
Eis o que nos
diz essa Moção, quanto ao caminho a percorrer por Coimbra e o seu distrito, em
prol não só do seu próprio desenvolvimento, mas também como elemento decisivo do
progresso de todo o país:
“
Deste modo, na nossa perspetiva, Coimbra e o seu Distrito constituem em si
próprios não só o espaço de protagonismo cívico dos cidadãos que aqui vivem,
mas também um foco de afirmação de um novo modelo de desenvolvimento nacional
que supere as disfunções, os desequilíbrios e os defeitos do atual, que tanto
penalizam ainda a qualidade de vida de tantos portugueses.
Por
isso, para nós Coimbra e o seu Distrito devem assumir-se como foco de resistência
a uma bipolaridade estéril gerada pelo paroxismo de um crescimento
congestionado de duas grandes áreas metropolitanas, gerador de periferias
desqualificadas, de um país onde crescem os espaços despovoados e
desertificados e onde se impede a emergência de novos pólos intermédios de
desenvolvimento.
Queremos
que Coimbra e o seu Distrito impulsionem um novo protagonismo em rede de
cidades intermédias, que criem uma teia de sinergias geradoras de um novo tipo
de solidariedade interterritorial assente na cooperação e na complementaridade.
Uma teia culturalmente viva na sua diversidade e ecologicamente respeitadora
dos direitos das gerações futuras.
Por
isso, para nós potenciar o desenvolvimento de Coimbra e do seu Distrito, no
plano cultural, social e económico, gerando uma melhor qualidade de vida dos
seus habitantes, embora seja um objetivo em si próprio de total relevância, é
também um impulso decisivo da irradiação por todo o país de uma lógica de
desenvolvimento em rede contraposta a uma estéril bipolaridade Lisboa/Porto.
Nas
atuais circunstâncias, valorizar o Distrito de Coimbra, projetando esta cidade
em todo ele e enriquecendo-a com o que lhe tragam as outras cidades, bem como
todo o restante conjunto de habitantes, instituições e territórios que nele
vivem, é o ponto de partida mais fecundo e mais realista para reverter a
bipolaridade perversa hoje predominante em Portugal.
Coimbra
e o seu distrito ocupam assim um lugar estratégico que induz também uma grande
responsabilidade política. Uma responsabilidade que os socialistas do nosso
Distrito devem assumir por completo como parcela de uma rede que se estende por
todo o País, como detonador e foco de uma inovação superadora. Uma rede
inovadora suscetível de romper os atuais constrangimentos e desequilíbrios
territoriais que tolhem o País, impedindo um desenvolvimento saudável que
humanize a qualidade de vida das pessoas.”
Não
está pois em causa qualquer pequena ambição de subir lugares em listagens virtuais
ou de ser mais um pólo insalubre num país desequilibrado. Trata-se de melhorar
a qualidade de vida de quem aqui vive, de modo a que essa melhoria abra a porta a
um país melhor. Não está em causa ser uma ilha encasulada num bairrismo saudosista,
está em causa a ambição de se assumir por completo a nossa história para a
fazer desabrochar num futuro cosmopolita que seja um benefício para todo o
país, que contribua para uma estratégia nacional de desenvolvimento harmonioso.
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