Com a liderança de MFL, o PSD corre o risco de se transformar numa laranja azeda. De facto, por entre a penumbra do seu jargão politico-económico, desponta com nitidez crescente a imagem de uma senhora que encara a política como uma querela entre donas de casa.
Na verdade, pelo menos nas suas mais recentes aparições, a Dama de Cinza reduziu o seu mais forte adversário a um mentirosos contumaz, que ocupa o seu tempo a urdir mentiras com as quais engana os portugueses, recorrendo a uma sofisticada máquina de propaganda.
Na verdade, pelo menos nas suas mais recentes aparições, a Dama de Cinza reduziu o seu mais forte adversário a um mentirosos contumaz, que ocupa o seu tempo a urdir mentiras com as quais engana os portugueses, recorrendo a uma sofisticada máquina de propaganda.
Aprisionada nas posições imprudentes que começou por tomar, não conseguiu fugir ao imperativo de ilustrar a sua trovoada contra as obras públicas, pelo menos, com um exemplo. E assim agarrou no TGV e arremessou aos quatro ventos a sua suposta inutilidade. Azar! Alguns anos atrás, a mesma circunspecta senhora havia colocado essa execrada obra pública no altar dos mais rasgados horizontes estratégicos. Atropelou-se assim a si própria. E nem as piedosas ajudas do aparelho mediático-ideológico que a suporta conseguiram limitar significativamente os danos causados.
Assanhada pelas reacções naturais dos nossos interlocutores espanhóis, perante esse fantástico golpe de rins político, a Dama de Cinza atacou os socialistas espanhóis, atacou os jornalistas que tiveram a ousadia de perguntar em Madrid o que pensavam os espanhóis desta alergia inesperada ao TGV, assumindo-se como a versão pós-moderna da padeira de Aljubarrota. Detalhe embaraçoso: não havia nenhuma invasão dos malvados socialistas espanhóis, havia sim uma reacção natural, quer da esquerda, quer da direita do país vizinho. E quando a amarga senhora até havia sofrido um puxão de orelhas dos seus companheiros espanhóis do Partido Popular Europeu, reagia como se fosse caso de ter que resistir a uma verdadeira invasão dos socialistas espanhóis. E numa rabugice quase infantil acusava mesmo os socialistas portugueses de serem “queixinhas”. Com esta sólida panóplia de argumentos políticos, a furiosa senhora imagina-se digna de um arco de triunfo.
É por estas e por outras que algumas vozes fortes do seu partido tão frequentemente a bombardeiam com desautorizações e críticas. Talvez por isso, esteja cada vez mais consonante com o trovejador madeirense , sempre disposto a fustigar os abominados continentais com o seu verbo agressivo e tosco. Mais civilizada e comedida, a Dama de Cinza não tem, no entanto, resistido à tentação de confundir o combate político com um linear processo de intenções, em que os seus adversários principais não são mais do que malfeitores disfarçados, apostados em destruir o país, movidos por uma pulsão tão maléfica quanto incompreensível.
No que lhe diz respeito as sondagens continuam a reduzi-la a uma cópia cansada do Dr. Menezes, colocando-a em patamares de uma modéstia quase chocante. Acicatada, MFL resolveu assustar os portugueses com a sua improvável vitória, como se quanto menor fosse a sua disposição de a escolherem, mais furiosa fosse a ameaça de a virem a sofrer.
Assanhada pelas reacções naturais dos nossos interlocutores espanhóis, perante esse fantástico golpe de rins político, a Dama de Cinza atacou os socialistas espanhóis, atacou os jornalistas que tiveram a ousadia de perguntar em Madrid o que pensavam os espanhóis desta alergia inesperada ao TGV, assumindo-se como a versão pós-moderna da padeira de Aljubarrota. Detalhe embaraçoso: não havia nenhuma invasão dos malvados socialistas espanhóis, havia sim uma reacção natural, quer da esquerda, quer da direita do país vizinho. E quando a amarga senhora até havia sofrido um puxão de orelhas dos seus companheiros espanhóis do Partido Popular Europeu, reagia como se fosse caso de ter que resistir a uma verdadeira invasão dos socialistas espanhóis. E numa rabugice quase infantil acusava mesmo os socialistas portugueses de serem “queixinhas”. Com esta sólida panóplia de argumentos políticos, a furiosa senhora imagina-se digna de um arco de triunfo.
É por estas e por outras que algumas vozes fortes do seu partido tão frequentemente a bombardeiam com desautorizações e críticas. Talvez por isso, esteja cada vez mais consonante com o trovejador madeirense , sempre disposto a fustigar os abominados continentais com o seu verbo agressivo e tosco. Mais civilizada e comedida, a Dama de Cinza não tem, no entanto, resistido à tentação de confundir o combate político com um linear processo de intenções, em que os seus adversários principais não são mais do que malfeitores disfarçados, apostados em destruir o país, movidos por uma pulsão tão maléfica quanto incompreensível.
No que lhe diz respeito as sondagens continuam a reduzi-la a uma cópia cansada do Dr. Menezes, colocando-a em patamares de uma modéstia quase chocante. Acicatada, MFL resolveu assustar os portugueses com a sua improvável vitória, como se quanto menor fosse a sua disposição de a escolherem, mais furiosa fosse a ameaça de a virem a sofrer.
Por isso, se fosse possível ver-se o sabor dos laranjais, certamente que seria já hoje evidente que a liderança de MFL transformou o PSD num melancólico laranjal, entre crispado e azedo.
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