A igreja católica espanhola não teve pejo em entrar na campanha eleitoral, ao lado da direita, convocando para Madrid uma manifestação nacional, expressamente hostil ao governo do PSOE. Permite assim que se pense que continua com saudades do franquismo, fiel ao papel que desempenhou no golpe de estado de Franco contra a ordem democrática, que conduziu a uma sangrenta guerra civil que, de certo modo, foi uma espécie de ensaio para a 2ª Guerra Mundial, que começaria pouco depois. Guerra, cujo resultado só foi favorável aos golpistas, porque Franco teve o apoio directo, em soldados e em armamento, dos governos de Hitler e de Mussolini. É esta tradição que a hierarquia católica espanhola irresponsavelmente estimula. Acabará por ser caracterizada por ela, se insistir nesse infeliz rumo.
Na concentração referida, não hesitou, aliás, em atribuir ao actual governo medidas que não foram tomadas por ele, em exigir modificações de algumas lei que estavam em vigor no tempo dos governos do PP (sem que então tivesse feito tal reivindicação) e em ignorar o facto de ter havido várias matérias em que o actual governo moderou a sua política, em homenagem à distensão das relações com a Igreja Católica.
1 comentário:
Como já disse noutro blog, desta vez "no pasaran!"
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