A
irmã dos poetas
- homenagem Maria Barroso
Foi a voz liberta das palavras
que os poetas
fizeram por dizer.
As sílabas fugiam-lhe
dos lábios
como sabores
do vento e liberdade.
Dizia os
versos como se inventasse
a cólera mais
solta e mais cortante.
No regaço mais
extremo dos poemas,
navegava em silêncio
a sua voz.
Foi seta de
luz rasgando a noite,
sentida pelo
povo como espada.
Dizia os
versos como se voasse
nas asas mais
libertas do destino.
Irmã livre de
todos os poetas
que escavaram
no tempo a nossa hora,
quando o vento
se erguer será ouvida
e o mar há de
sentir a sua voz.
2 comentários:
Muito belo o poema e muito justa e bela a homenagem!
Muito Bom ! Obrigado pela partilha!
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