sexta-feira, 28 de março de 2008

Socialistas em Coimbra procuram o futuro




No passado dia 2 de Fevereiro, publiquei aqui neste “O Grande Zoo” um texto com o título “Em Coimbra, há socialistas que resistem”.

Como escrevi numa pequena nota introdutória, tratava-se de divulgar o Manifesto Político que representava “ a continuidade amadurecida da política de resistência, à liderança dos actuais dirigentes do PS de Coimbra (...); uma resistência que foi liderada pelo Luís Marinho no Congresso da Federação de Coimbra, de 2006”.

Como então sublinhei, esse Manifesto assumiu: “uma posição clara quanto às questões centrais que actualmente preocupam os socialistas do nosso distrito. Procura evidenciar publicamente que dentro do PS há quem se continue a demarcar da deriva de decadência em que temos estado envolvidos.”

E concluí: “Chegados à situação preocupante em que estamos, não é possível procurar responder-lhe em termos ambíguos, com base nos habituais “narizes de cera” políticos, que se usam como prótese, em todos os discursos politico-partidários, numa toada mais ritualista do que esclarecedora".



2. Ontem, reuniram-se algumas dezenas de subscritores desse Manifesto, tendo resolvido dar centralidade às próximas eleições para os órgãos dirigentes da Federação de Coimbra do PS, encarando-as como principal elemento polarizador da sua actividade política nos próximos meses.

Foi decidida a intervenção autónoma nesse processo, tendo sido reiterada a disponibilidade do Luís Marinho para o liderar, correspondendo assim à confiança e ao apoio que recebeu dos presentes.

Nesse contexto, os socialistas presentes na reunião assumiram-se como um movimento de opinião dentro do Partido Socialista que procurará dar vida às perspectivas que constam do Manifesto, cientes da extensão do caminho que é necessário percorrer para se sair do deserto político onde a Federação de Coimbra do PS se deixou aprisionar.

Várias vozes sublinharam o imperativo de se trabalhar nesse processo com abertura à sociedade, encarando como elementos do partido no plano político não apenas os seus militantes, mas também os seus simpatizantes e os seus eleitores habituais.

Ficou claro que se quer ser um movimento de opinião que execute trabalho político no sentido nobre do termo. Ficou claro que não seremos um grupo organizador de excursões a jantares pseudo-exaltantes, não seremos sôfregos recolhedores de assinaturas de apoio, nem cobradores de favores. Queremos despertar consciências, estimular ideias, desembaraçar a liberdade das peias que a embaracem, mas não seremos nunca angariadores de fidelidades.

Orgulhamo-nos do apoio crítico de cada militante do PS, rejeitamos seguidores incondicionais. Somos um movimento de opinião que acolhe com alegria a solidariedade de cada um na partilha de ideias comuns, nunca seremos uma teia de cumplicidades por conveniências circunstanciais e interesses cruzados.

Não seremos ambíguos, nem mansos nas críticas que nos pareçam justas. Pugnaremos por valores, princípios e ideias, não combateremos pessoas.


3. Em complemento, desta breve notícia, permito-me recordar alguns dos passos mais significativos do nosso Manifesto Político.
Começa assim:
“1. Aproxima-se um novo ciclo eleitoral dentro do Partido Socialista. Vive-se em Portugal e na Europa uma conjuntura complexa, povoada por sinais contraditórios que ora permitem sonhar com um mundo melhor, ora fazem temer um futuro de pesadelo. Realizar a esperança ou cair no pesadelo, depende do modo como evoluírem as sociedades europeias, depende, ao fim e ao cabo, do que formos capazes de fazer. Por isso, a actividade política é, cada vez mais, uma intervenção cívica essencial, tendo um partido como o nosso, um papel decisivo no futuro dos portugueses.Não é esta a circunstância adequada para uma análise crítica da política do actual governo, sustentado numa maioria absoluta do PS. No entanto, parece poder desde já constatar-se que lhe tem feito falta a cooperação de um partido organizado e activo, que lhe fizesse chegar as críticas e as aspirações dos eleitores, mas que, ao mesmo tempo, pudesse ser mensageiro dos objectivos visados pela política do governo, junto deles.Talvez por isso, a política deste governo projecte no futuro, justa ou injustamente, para muitos portugueses, mais angústia do que esperança. Não é uma situação com que nos devamos conformar. O Partido Socialista tem como uma das suas razões de ser, o inconformismo perante a pobreza e a exclusão; não pode deixar de ser o primeiro rosto da liberdade e da igualdade; há-de valorizar sempre o conhecimento e a criatividade; tem que se assumir como universalista e solidário.2. Preocupados com a debilidade revelada, actualmente, pelo PS no seu todo, constatamos com alarme que ela assume tonalidades dramáticas na Federação de Coimbra.De facto, na moção “Para um PS amigo e solidário”, apresentada ao Congresso da Federação de Coimbra do Partido Socialista, realizado em 2006, cujo primeiro subscritor foi Luís Marinho, afirmava-se: “A Federação de Coimbra do Partido Socialista está a atingir o grau zero da política. O grupo dirigente actual é o principal responsável pelo desastre das últimas eleições autárquicas, tendo também protagonizado uma descida consolidada na importância política relativa que tem no conjunto das federações do PS”. Nessa altura, cumprimos com o nosso dever, dizendo o que pensávamos. Chegou o momento de termos que voltar a falar.Reiteramos a atitude crítica então assumida em face da política seguida, de harmonia com as ideias e as posições por que então nos batemos. Como receávamos, em Coimbra, decorridos quase dois anos, a marcha lenta para a decadência não foi interrompida. A credibilidade e o prestígio perdidos não foram recuperados! “.
E mais adiante, continua:

Continuamos a pensar que o PS tem que aprender a ser, aqui no distrito, um colectivo crítico, mas solidário, em que as diferenças de opinião entre nós sejam um índice de autenticidade democrática e da vivacidade das nossas convicções. Por isso, afirmamos, uma vez mais, que a nossa crítica directa e frontal, ao modo como tem sido dirigida a Federação de Coimbra nos últimos anos, não é uma agressão pessoal a ninguém. Mas como já foi dito há dois anos: “quem se extraviou no passado como um pássaro sem rumo, não pode ter a ilusão de nos poder conduzir ao futuro”.Da mesma forma combateremos as operações cosméticas que envolvem projectos de liderança sem conteúdo, sem história, sem passado, que prometendo “amanhãs que cantam” a partir de posições no aparelho de Estado regional, criam a ilusão, junto dos militantes, de um poder que não tem, e, de soluções, que não passam de falsas promessas. Os militantes do PS não podem tolerar ser esmagados por dois aparelhos ao mesmo tempo! "


E apresenta então as seguintes propostas :

"Cientes da necessidade de um longo processo de renovação, materializado em múltiplos aspectos, destacamos três dos seus vectores estruturantes que achamos essenciais.3.1. Escolha por um colégio eleitoral alargado de todos os candidatos do PS nos diversos tipos de eleições.Há actualmente uma tendência crescente para retirar aos aparelhos partidários a escolha dos candidatos dos respectivos partidos às eleições a que concorrem. E, no próprio PS, há uma incomodidade crescente, por parte de muitos militantes, simpatizantes e eleitores, perante o poder irrestrito de escolha dos candidatos, atribuído a alguns dos órgãos do partido.Por isso, defendemos que os candidatos do PS às eleições autárquicas, regionais, legislativas, europeias e presidenciais, sejam escolhidos por colégios eleitorais amplos, que abranjam os militantes e os simpatizantes, compreendidos nas estruturas que correspondam aos universos eleitorais que em cada caso, estiverem em causa. É uma orientação de princípio que fará o seu caminho gradualmente, mas indispensável à abertura dos partidos à cidadania.3. 2. Legalidade, limpidez e equidade nas eleições para os órgãos internos.O PS não pode ser o garante da democracia na sociedade portuguesa, ao mesmo tempo que transige com a fraude e desigualdade nas eleições disputadas no seu interior.Deste modo, é indispensável que as disputas internas ocorridas nesta federação ganhem uma qualidade democrática inquestionável. Assim, a título de exemplo, no quadro da criação de regras que garantam a plena igualdade de oportunidades a todos os candidatos, defendemos: que todas as sessões de esclarecimento, integradas nas campanhas eleitorais internas, tenham obrigatoriamente a presença de todos os candidatos ou de representantes seus; que todos os envios postais dirigidos aos militantes no âmbito das campanhas internas sejam da responsabilidade directa do partido, não sendo admitidos quaisquer outros e sendo garantido tratamento igual a todos os candidatos.3.3. Transparência nas relações com o poder económico dos diversos tipos de dirigentes do PSRepetindo o que se disse na moção acima referida em 2006, lembramos que a Constituição da República Portuguesa consagra como um dos seus princípios estruturantes a independência do poder político em face do poder económico. Esse princípio não pode deter-se à porta do PS. Nos últimos anos, têm-se sucedido notícias, indícios e factos, que lançam dúvidas quanto à plena conformidade do comportamento de alguns responsáveis do PS com esse princípio.Por isso, nos parece indispensável que, pelo menos, aos dirigentes nacionais do PS, pertencentes ao Secretariado Nacional e à Comissão Política, aos Presidentes das Federações e das Comissões Políticas Concelhias, seja exigida uma declaração de interesses semelhante à que é exigida aos titulares de cargos políticos, que deveria ser depositada à guarda da Comissão de Jurisdição Nacional, podendo ser consultada por qualquer militante.De facto, não é salutar permitir que cresça ainda mais a suspeição de que por detrás de muitas discordâncias e concordâncias, intrapartidárias e interpartidárias, em vez de estar a salutar força das ideias paira a obscura sombra dos negócios."
4. Dentro do contexto que se acaba de esboçar, os participantes na reunião, certamente acompanhados pelos subscritores do manifesto que, tendo sido convidados a participar na reunião, o não fizeram por qualquer razão, irão organizar-se e tomar iniciativas públicas que querem transformar em instâncias de debate e de criatividade política.

20 comentários:

Anónimo disse...

Ser socialista è algo mais que ter um cartão do partido. Quantos inscritos no PS, participam nas diversas actividades? Na minha Secção, somos sempre os mesmo a comparecer nas reuniões. Ora, ser militante do PS, não é ir votar só porque uns SENHORES lhes pagam as cotas em troca do tão precioso FAVOR. Pelo que é dito à boca cheia, há concehias que conseguiram contratar centenas de novos ADERENTES. É obra, com o clima de descontentamento que se faz sentir, nomeadamente ao nìvel social destas novas aquisições. Na minha secção (uma das da cidade de Coimbra)o número tem vindo a diminuir. Daqui deixo uma pergunta: será que se trata novamente do milagre das rosas?

Anónimo disse...

Parabéns pelo afirmar de posição. É urgente credibilizar, honrar e dignificar o acto político dentro do PS Coimbra. É urgente e premente a necessidade de afirmar valores, que permitam, aos cidadãos deste distrito, acreditar que o PS é o baluarte da liberdade, da luta pela justiça social e que honrará na transparência dos seus dirigentes e militantes todo esse legado de uma história que se confunde com a luta pela e com a democracia em Portugal e na Europa. Bem haja Luís Marinho.

Anónimo disse...

Bos ideias e má liderança. O Luis Marinho é boa pessoa, mas é uma liderança do passado e sem futuro. É preciso gente nova. Cabelo e barba branca é bom para a saudade...

Anónimo disse...

Os lideres não se escolhem pela idade, mas sim pela sua postura, carácter. Meu caro, conheço muitos jovens que são muito capazes. Mas também conheços outros que valha-me Deus.Por isso Dou-lhe um conselho. Não ligue à idade, mas sim à conduta e à sua forma de estar na vida. Porque o líder de qualquer grupo, deve ser um exemplo a seguir, ou seja não deve ser PECADOR.

Anónimo disse...

1."Boas ideias": eis algo que não se pode dizer a propósito das outras duas candidaturas, cujos textos até agora conhecidos são um catálogo de lugares comuns, de banalidades políticas e de narizes de cera.

2. "Má liderança":só tem sentido usar esse argumento, tratando-se de uma crítica ao período em que o Luís Marinho esteve à frente da Federação. Mas se fosse isso teria sido necessário aduzir argumentos, não bastando afirmações "ad hominem".

Má liderança tivemos nós até agora com VB. Indícios de coragem cívica e política, eis o que não transparece do comportamento do terceiro candidato (MR), que nunca se atreveu a alinhar com a oposição ao VB , tendo precisado de vários anos e da segurança de um lugar ao sol, para descobrir em si a vocação de salvador da Federação de uma decadência de que durante anos foi cúmplice.

3. "Idade", "gente nova", "cabelos brancos", ou seja, reconhecimento implícito que são essas as únicas críticas que os seus opositores conseguem alinhavar contra o Luís Marinho.

Reconhecimento tácito de que podiam cair no ridículo se afirmassem que qualquer dos outros candidatos tem um curriculum comparável ao do LM; ou que qualquer dos candidatos tem uma credibilidade pública que se lhe possa comparar; ou que qualquer dos outros candidatos tem uma experiência política mais consistente.

4. De facto, pelo tipo de reservas que lhe são levantadas pelos apoiantes dos sesus adversários se vê a fragilidade dessas outras candidaturas.

Anónimo disse...

Curriculun do LM:
Licenciado em Direito
Professor das Assistentes Sociais
Deputado à AR
Deputado ao PE
Presidente da Federação do PS onde nada fez para alem de umas pinturas e deixou um rol de dívidas para pagar

Anónimo disse...

Para o anónimo das 15.17 claro que os lideres não se escolhem pela idade, mas é importante uma lufada de ar fresco. A idade não conta se a qualidade for grande. Não é o caso. Quanto à forma de estar na vida e aos pecados não vale a pena entrar por aí

Anónimo disse...

"Nada fez para além de umas pinturas e deixou um rol de dívidas por pagar"- eis um exemplo acabado de um discurso trauliteiro de quem sendo incapaz de formular críticas políticas, acha que a força do seu candidato está na intensidade com que insultar os outros.

Emngana-se. Apenas reflecte a miséria ideológica para onde conduziram o debate político na nossa Federação

Anónimo disse...

Resposta ao anónimo das 13 e 52:

1. De onde vem o arejamento das candidaturas de VB e de MR ? Da responsabilidade que em graus diferentes, ambas partilham quanto àquilo em que se tornou a Federação de Coimbra do PS ?

2. Há algo de objectivo que permita dizer-se que o VB ou o MR superam o LM em qualidade ?

3. " Quanto à forma de estar na vida e aos pecados não vale a pena entrar por aí" : eis uma frase sibilina que, não dizendo objectivamente nada, deixa no ar um pérfifo perfume a insinuação.

4. Luminosas e épicas são as outras duas candidaturas, cujo brilhantismo político só rivaliza com evid~encia de uma ética cristalina que a todos deslumbra e entusiasma.

Anónimo disse...

Para o anónimo das 14:38 "Curriculun do LM:
Licenciado em Direito
Professor das Assistentes Sociais
Deputado à AR
Deputado ao PE
Presidente da Federação do PS onde nada fez para alem de umas pinturas e deixou um rol de dívidas para pagar." Acha pouco um corriculum destes? Penso que só deve orgulhar os socialistas que apareçam candidatos desta craveira. Quantos militantos do Partido Socialista conhece que tenham sido Vice-Presidentes do grupo Socialista do Parlamento Europeu? Não me diga que foi "tacho" e não reconhecimento.

Quantos às dividas! Sabe tão bem como eu, que até nem é muito difícil arranjar um empreiteiro que faça esses trabalhos de borla, (para mais tarde teram que ser pagos e com juros). Mas como ainda há homens honestos, é preferível apresentar dividas.
Ainda, quanto a ser prof. das Assistentes Sociais. Acho indigno? O que dirá o meu amigo dos pofessores do Ensino Básico?

Anónimo disse...

Meu caro Rui Namorado, registe-se a qualidade dos textos e pensamentos mas há sinais que são equivocos.
Primeiro: LM é um homem sério e com qualidades políticas e profissionais.Contudo, está a deixar-se queimar em lume brando e a ser posta em causa a sua postura ética. Avançar sem condições de vitória é destruir futuro e imagem. Para além de dar azo a que corram boatos inaceitaveis.
Segundo: Que interessam ideias se elas não tiverem condições objectivas de implementação. Se mudar a liderança podem mudar as praticas e protagonistas: Mas LM não terá mais que 5 % ( acredite no que lhe digo)
Terceiro:Porque se fala em ética e apoios se LM sp esteve com o poder da federação quando foi euro e ainda hoje estaria se continuasse a se-lo?
Quarta: Mr apoiou Teresa Portugal. Como consta por aí num período dificil da vida dele. Seria mais facil nessa altura apoiar VB na altura.Não ganhou a concelhia porque J.Silva não desistiu. A oposição junta ficou a menos de 20 votos. Teriamos poupado problemas não acha?
Quinta: Candidatura de LM só beneficia VB ( como ele aliás deseja). Para onde corre então aquele?
Sexta e última: MR não fez parte nenhum secretariado, nem mesa, nem lista comissão nacional de VB. Porque? porque nunca foi apoiante assumido dele. E até num seminario organizado e aberto aos militantes VB afastou-o da mesa onde se falava de Seg Social e que tinha presença do Sec Estado.
Deixem-se de lirismos e façam pontes...
um apoiante de MR que já foi de LM

Anónimo disse...

RN responde a anónimo:

1. As suas considerações favoráveis a MR e desfavoráveis a LM são expressões sentimentais de simpatia e antipatia. não são susceptíveis de ser discutidas. apenas se registam.

2. A política não é um jogo de futebol, em que tudo se resume em vitórias e derrotas.

3. No seu texto há uma afirmação falsa que tenho que desmentir: não é verdade que MR tenha apoiado a Teresa Portugal.

4. Há uma outra verdasde que os apoiantes de MR querem desesperadamente esconder: ele nunca alinhou nos movimentos de oposição a VB consubstanciados na resistência publicamente assumida pela candidaturas da Teresa Portugal e do Luís Marinho.
Apoiei quer uma quer outra pelo que estou seguro desta afirmação.

5. O importante não é somar pessoas, é fazer com que se imponham ideias realmente novas , é preconizar práticas de verdadeira ruptura com o presente e não propor tímidas medidas de cosmética, na esperança de criar uma ilusão de novidade.

6. Por mim, nada tenho pessoalmente contra os candidatos de que discordo, apenas opto por outro caminho.

7. Quem apoiou a candidatura do LM tendo aderido ao seu programa não pode sem quebra de coer~encia apoiar hoje o MR. Mas arrependidos sempre os houve..,

Anónimo disse...

Segundo o anónimo das 12:58"Primeiro: LM é um homem sério e com qualidades políticas e profissionais.Contudo, está a deixar-se queimar em lume brando e a ser posta em causa a sua postura ética. Avançar sem condições de vitória é destruir futuro e imagem. Para além de dar azo a que corram boatos inaceitaveis.
Segundo: Que interessam ideias se elas não tiverem condições objectivas de implementação. Se mudar a liderança podem mudar as praticas e protagonistas: Mas LM não terá mais que 5 % ( acredite no que lhe digo)"
- Agora questiono eu. Se o LM tem esse mérito, o que levou o meu camarada arrepender-se?
O Lm terá a votação que os militantes quizerem. E não uma votação de interesses ditados por inscritos à pressa.Ter 5%, 30% ou 51%, tem a mesma dignidade, pois só é derrotado quem deixa de lutar.
Todos nós sabemos, que neste País se criou uma cultura de que, quem dá, é que é amigo.E como o LM não pode dar subsidios ou prometer colocações, talvés a sua previsão tenha algum fundamento.

Anónimo disse...

Como eleitor habitual do PS, sinto com clareza que a liderança de VB e a sua projeccção na Concelhia de Coimbra (LV) degradaram a imagem pública do PS no distrito de Coimbra até níveis inimagináveis.

Por isso, qualquer iniciativa dirigida a devolver o prestígio ao PS tem que ser suficientemente ostensiva e evidente para projectar na opinião pública uma imagem de mudança inequívoca.

Uma alternativa de pézinhos de lã, liderada por quem tenha uma imagem de complacência para com o "status quo", mesmo que bem intencionada,não conseguirá adquirir uma visibilidade externa suficiente.

Arrisca-se a ser vista pela opinião pública como simples maquilhagem do consulado do VB. Podia ser um esforço inglório, em termos políticos, mesmo que tivesse êxito.

Por isso, a tentativa MR é um fracasso político previamente anunciado, sendo quase indiferente que ganhe ou que perca. Na verdade, para a opinião pública será vista mais como uma continuidade do que como uma ruptura.

E essa é uma diferença abismal para com a proposta de LM. Este pode ter dificuldades em ganhar, mas para todos é evidente que se ganhasse aos olhos da opinião pública a ruptura com a deriva de VB era clara e nítida.

Por isso, não será exagerado afirmar-se que o que mais convém ao PS como partido, em termos de opinião pública e potencial apoio eleitora, é uma vitória de LM.

Anónimo disse...

Caro anónimo do dia 31 de Março de 2008 14:21:

A liderança que hoje se tem é caracterizada por más ideas, ou melhor, sem ideias e má liderança, o que prefere?
Diria que cabelo branco e barba branca pode ser preferível a alma e espirito de barba branca como sucede com 99% dos jovens pseudo-quadros da distrital do PS-Coimbra.

Anónimo disse...

Amigo do dia 1 de Abril de 2008 13:48:

Permita-me fazer algumas correcções, em nome da dignidade e transparência intelectual a que todos devemos obdiência:

Curriculun do LM:
1. Licenciado em Direito (CERTO MAS PECA POR OMISSÃO)
2. Mestre em direito internacional
3. Professor de direito na Fundação Miguel Torga
4. Professor da Pós-Graduação de Direito Comunitário da Fundação Miguel Torga
5. Deputado à AR
6. Deputado ao PE
7. Vice-Presidente do PE
8. Lider da delegação portuguesa no PE
9. Presidente da Federação do PS

Anónimo disse...

Já agora gostaria de perguntar humildemente qual o curriculum de Mário Ruivo?

Com o devido respeito, e PEÇO que me corrigam se aqui escrever incorrecções, o curriculum de Mário Ruivo que coneço é:

1. licenciado em direito
2. assessor de Horácio Antunes na Câmara da Lousã
3. dirigente de uma escola profissional na lousã (passando posteriormente tal escola por dificuldades graves) por indigitação do presidente da Câmara da Lousã-Horácio Antunes
4. Assessor do Governador Civil-Horácio Antunes
5. Director Regional Adjunto da segurança social de Coimbra (por pressing de Luis Parreirão à época)
6. periodo negro de 2002 a 2005 de desemprego, o que com a sua idade só mostra como não tem nem nunca teve profissão.

E que tal este curriculum? Bom? Sejam honestos intelectualmente. Desde que se formou andou sempre à boleia do PS.
Saberá Mário Ruivo o que é uma Petição Inicial, uma Contestação, uma Réplica ou uma Tréplica? Lembrar-se-a ele do que isso é e como se faz?

Anónimo disse...

Bom, se formos por aí caros amigos então vamos lá?

CURRICULUM DE HENRIQUE FERNANDES:
1. licenciado em Sociologia em França(em frança há muito que as licenciaturas são de 3 anos)
2. vereador do PS da Câmara de Coimbra
3. Vice-Presidente pelo PS da Câmara de Coimbra
4. Vice-Presidente da Inspecção Trabalho, nomeado pelo PS, no Governo Guterres
5. Professor na Fundação Miguel Torga (na faculdade das assistentes sociais, não sabendo que disciplina, mas sabe-se que deu aulas a Carla Violante
6. Governador Civil

E este curriculum heim? Apaguem o que decorreu de nomeações políticas o que fica? Ao PS Henrique deve de fecto muito, com o devido respeito!

Anónimo disse...

Com a devida vénia, faltou, claro, retratar a veia empresarial de Henrique Fernandes, na área dos colégios privados, e que nasceu a meio do seu percurso.
Como disse M- José Morgado, é falso que estar num partido não permita benefícios a todos, ainda que indirectos (contactos, afinidades, negócios). Note-se que legítimos, mas só possíveis porque Henrique está no PS e teve a felicidade de conseguir ocupar certos cargos.

Anónimo disse...

Eu, militante de base do PS de fresca data, estou espantado!

Talvez ingenuamente, esperava que os nossos potenciais "coronéis" nos aliciassem com currículos, onde avultassem os riscos, as lutas, a ousadia e a capacidade de se sacrificarem por outros.

Isto é, que nos mostrassem currículos de combate ou de generosidade. Afinal, parecem-se mais com "soldadinhos de chumbo", habituados ao verniz solene das paradas e hábeis na gestão frutuosa das carreiras.

Julguei que ia ser comandado por "lutadores", afinal vejo perfilarem-se como candidatos a chefes os mais manhosos dos "calculadores".