Os destaques mediáticos anunciaram a presença em Portugal de um impessoal director do FMI. Em tese, ele é o rosto e o expoente máximo de uma organização que exprime uma objectividade neutral e científica com a qual assinala o caminho que os governos devem trilhar. São conhecidos casos de fracassos retumbantes de países que seguiram à letra as suas directrizes. Um dos mais graves foi o da Argentina, há já alguns anos. Se o FMI fosse aquilo que ostenta, teria sido dissolvido de imediato. Não o foi, porque de facto ele é um instrumento político da administração norte-americana sob a égide de uma vulgata neo-liberal pesporrente e socialmente predatória. Ora, nesse plano ele não falhou, pelo que continua a ter a benção das forças dominantes do capitalismo mundial e a aquiescência bacoca de uns tantos inocentes úteis..
Aliás, se oferecesse alguma dúvida este tipo de perspectiva, bastava ter ouuvido as considerações do citado director do FMI sobre o que se tem feito e deve fazer em Portugal, em termos económicos, para nela se persistir. É que esse discreto director é o ex-Ministro de Aznar , o Sr. Rato, personagem da direita espanhola que alguns querem ver à frente do PP para tentar derrotar o PSOE nas próximas eleições. O Sr. Rato está muito bem no FMI, quem não o estará será seguramente o SR. DSK expoente dos moderizadores sociais-democratas do PS francês, que se apresta ao que se diz, a pegar no testemunho do Sr. Rato com a devida benção do Presidente Sarkosy.
Por tudo isto o nosso Ministro T.dos Santos devia ter sido menos efusivo na beata confraternização com esse dirigente da direita espanhola a cumprir comissão no FMI.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
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1 comentário:
A postagem,a meu ver,é correcta mas demasiado moderada.
Creio que não devemos "poupar" ninguém,sobretudo quando eles vêm confirmar as ideias que defendemos há dezenas de anos...
Ou teria sido necessário ser maoista nos anos 60?!
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