Salvação suicidária.
As alas direitas de vários partidos membros do Partido Socialista
Europeu apossaram-se das suas alavancas
de poder interno e levaram-nos à insignificância. Fizeram com que agissem como
se fossem de direita e destruíram-nos assim como força política relevante. Se
pensarmos bem, isso não é estranho, já que governando-se como a direita não se pode
esperar conservar o apoio do povo de esquerda.
Recordemos, como
exemplos, alguns dos países em que o desmoronamento desses partidos foi mais
gritante: Grécia, França, Holanda, Hungria e Polónia. E outros casos se podiam
citar de grandes regressões que não atingiram o nível dos casos anteriores: Alemanha,
Austria, Espanha e Itália.
Portugal é uma feliz exceção neste panorama desastroso. É por
isso muitíssimo estranho que se façam ouvir algumas vozes de responsáveis
socialistas, defendendo posições e caminhos muito parecidos com aqueles que
foram percorridos pelos protagonistas dos desastres acima citados.
Espero que não se tente iludir os militantes socialistas com malabarismo redondos. Quem
quiser levar-nos para o buraco, onde já se meteram outros partidos, deve assumi-lo
com clareza, sem floreados nem ocultismos, explicando bem qual a razão porque preconiza o suicídio estratégico do PS. Quem achar que é a cartilha
neoliberal a nossa matriz ideológica e política deve dizê-lo com clareza e demonstrá-lo em campo aberto.
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