sábado, 21 de abril de 2018

Salvação suicidária.



Salvação suicidária.

As alas direitas de vários partidos membros do Partido Socialista Europeu  apossaram-se das suas alavancas de poder interno e levaram-nos à insignificância. Fizeram com que agissem como se fossem de direita e destruíram-nos assim como  força política relevante. Se pensarmos bem, isso não é estranho, já que governando-se como a direita não se pode esperar conservar o apoio do povo de esquerda.

 Recordemos, como exemplos, alguns dos países em que o desmoronamento desses partidos foi mais gritante: Grécia, França, Holanda, Hungria e Polónia. E outros casos se podiam citar de grandes regressões que não atingiram o nível dos casos anteriores: Alemanha, Austria, Espanha e Itália.

Portugal é uma feliz exceção neste panorama desastroso. É por isso muitíssimo estranho que se façam ouvir algumas vozes de responsáveis socialistas, defendendo posições e caminhos muito parecidos com aqueles que foram percorridos pelos protagonistas dos desastres acima citados.

Espero que não se tente iludir os militantes socialistas com malabarismo redondos. Quem quiser levar-nos para o buraco, onde já se meteram outros partidos, deve assumi-lo com clareza, sem floreados nem ocultismos, explicando bem qual a razão porque preconiza o suicídio estratégico do PS. Quem achar que é a cartilha neoliberal a nossa matriz ideológica e política deve dizê-lo com clareza e demonstrá-lo em campo aberto.

Como se poderia  pergunta à esfinge que tudo sabia: Se estamos vivos e nos sentimos relativamente bem, por que razão dizem querer-nos salvar, matando-nos.

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