terça-feira, 17 de abril de 2018

Em Memória da Crise Académica de 1969



Gente de Abril
                   (homenagem ao 17 de abril de 1969)

O orvalho do tempo arrefeceu
a memória desperta  desse  dia

e na rosa dos ventos desprendeu-se
uma ferida no tempo  já saudade

Os braços destes anos  estão mais frios
quando se trata de agarrar a esperança

mas é por nós que sobe a teimosia
de não escolher a estrada da tristeza

A sombra do futuro não permite
esquecer  o que semeia a liberdade

e é  sempre neste dia que aprendemos
que há sempre um recomeço em cada fim
                                                       
                            Rui  Namorado
                            (17 de abril de 2018)

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